Polícia brasileira invade 'Bitcoin Sheik': aqui está o porquê

  • Francisley Valdevino da Silva disse que suas empresas tinham fraudes internas e problemas de gestão.
  • Ele é suspeito de liderar uma gangue investigada por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.

Francisley Valdevino da Silva, também conhecido como “Bitcoin Sheik” atribuiu golpes a 'fraude interna' durante uma videochamada privada para clientes de suas empresas. Enquanto o portal de notícias brasileiro g1 e o RPC tiveram acesso ao conteúdo de sua conversa em andamento. “Bitcoin Sheik” é de Curitiba, Brasil.

Declarações do “Bitcoin Sheik”

Em 27 de setembro de 2022 ele fez a declaração durante uma videochamada privada e disse “Vou avisar: a empresa teve fraude? Teve fraude interna? Teve problemas de gestão? Sim. Tivemos muitas coisas que aconteceram com ex-funcionários e ex-empreiteiros da empresa onde, devido à recuperação, vamos adiar todos os eventos.”

Sobre a operação da Polícia Federal (PF), a defesa de Francisley afirmou que a operação é “a medida usual em procedimentos investigatórios dessa natureza”. Francisley disse ainda que está disponível para prestar esclarecimentos nas esferas judicial e extrajudicial “com o objetivo de comprovar a efetiva regularidade e licitude das operações empresariais, bem como de toda a minha conduta”.

A Investigação

A PF delega a investigação contra o “Bitcoin Sheik”, iniciada em março de 2022, após um pedido de cooperação policial internacional feito pela Interpol. Este pedido leva a uma investigação que identifica uma organização criminosa, liderada por Bitcoin Sheik, em Curitiba.

Segundo a PF, “em janeiro de 2022, a agência norte-americana informou à Polícia Federal que uma empresa internacional com atuação nos Estados Unidos, bem como seu principal gerente, um brasileiro residente em Curitiba, estavam sendo investigados pela Força-Tarefa El Dorado) , da HSI de Nova York, por envolvimento em uma conspiração multimilionária de lavagem de dinheiro de um esquema de pirâmide de investimento em criptoativos.”

Como Francisley era suspeito pelas fraudes, a Polícia Federal (PF) montou uma operação em 6 de outubro de 2022 (quinta-feira) e realizou 20 buscas e como parte da investigação apreendeu mandados.

A Polícia Federal apreendeu ouro, carros de luxo e relógios de sua casa. De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro arrecadado pelo grupo foi usado para a compra de imóveis, carros de luxo, barcos, reformas, roupas de grife, joias e outras despesas.

Francisley intermediou a movimentação de cerca de R$ 4 bilhões de reais no Brasil via fraude, que envolveu uma pirâmide financeira com negociação de criptomoedas, lavagem de ativos e crimes contra o sistema financeiro.

Desde 2016, a quadrilha registrava registros de fraudes em pelo menos 11 países. A lista de vítimas inclui jogadores de futebol, mas a PF não revela nenhum nome da lista.

De acordo com a investigação, alguns membros da família de Francisley também estavam envolvidos nesse golpe. Eles eram os Empresa funcionários e reservou os valores investidos pelas vítimas.

Últimos posts de Andrew Smith (ver todos)

Fonte: https://www.thecoinrepublic.com/2022/10/10/brazilian-police-raid-bitcoin-sheik-here-is-why/