Marrocos pune severamente homem por usar Bitcoin – Cryptopolitan

Em um caso recente, Thomas Clausi, um cidadão francês de 21 anos, enfrentou uma pesada multa de € 3.4 milhões e 18 meses de prisão por usar criptomoeda no Marrocos, um país onde tais transações são consideradas ilegais.

Uma lição cara sobre criptomoeda

Apesar do potencial das criptomoedas para promover a inovação financeira, o governo do Marrocos manteve sua postura conservadora em relação ao seu uso.

O Tribunal de Apelação de Casablanca manteve a sentença contra Clausi na noite de terça-feira, conforme confirmado por seu advogado, Mohamed Aghanaj. Clausi foi preso em 2021 por usar Bitcoin para comprar um carro de luxo. A alfândega marroquina vê o uso de criptomoeda como uma transferência ilegal de fundos.

Consequentemente, Clausi foi preso em dezembro de 2021 por “fraude” e “pagamento com moeda estrangeira em território marroquino” e recebeu uma multa de aproximadamente € 3.4 milhões além da pena de prisão.

O processo legal começou depois que uma francesa que mora em Casablanca apresentou uma queixa de “fraude” contra Clausi, que havia comprado uma Ferrari dela em troca de um pagamento em Bitcoin no valor de € 400,000.

Clausi foi ainda alvo de outra denúncia de um cidadão marroquino, acusando-o de assinar um cheque sem fundo em nome de uma terceira pessoa para a compra de três relógios de luxo. O tribunal ordenou que Clausi compensasse o proprietário dos relógios no valor de 40,000 dirhams (3,900 euros).

Segundo o pai de Clausi, o jovem de Mosela, leste da França, havia se mudado para o Marrocos com a intenção de abrir um neobanco na África. Infelizmente, seus planos foram interrompidos por sua prisão e subsequentes problemas legais.

A postura estrita do Marrocos sobre o uso de criptomoedas, sem dúvida, tornou Clausi um exemplo, servindo como um alerta para outros que possam estar pensando em se envolver em transações semelhantes dentro do país.

Preocupações com crimes cibernéticos no Marrocos

Este caso não é o único envolvendo cidadãos franceses e crimes cibernéticos no Marrocos. No início deste ano, as autoridades marroquinas extraditaram outro cidadão francês, Sébastien Raoult, para os EUA para enfrentar acusações criminais relacionadas a crimes cibernéticos.

Raoult é suspeito de ser membro de um grupo de hackers conhecido como ShinyHunters, um grupo de “chapéus pretos” que supostamente roubou e vendeu dados de várias grandes empresas.

A repressão do governo marroquino ao cibercrime, uso ilegal de criptomoeda e outros crimes relacionados destaca as crescentes preocupações sobre o potencial de fraude e outros crimes financeiros na era digital.

À medida que os países em todo o mundo lidam com os desafios impostos pela tecnologia em rápida evolução e uma economia global cada vez mais interconectada, a necessidade de regulamentações abrangentes e medidas de execução rigorosas torna-se ainda mais crítica.

Apesar da severidade da punição de Clausi, é essencial reconhecer que, à medida que as criptomoedas se tornam mais comuns, a necessidade de países como o Marrocos reconsiderarem sua posição em relação às moedas digitais é crucial.

Ao fazê-lo, podem potencialmente fomentar a inovação e apoiar o desenvolvimento de novos serviços e produtos financeiros.

O caso de Thomas Clausi serve como um forte lembrete para indivíduos e empresas permanecerem vigilantes e informados sobre as implicações legais de suas transações financeiras, principalmente quando operam em jurisdições estrangeiras.

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