Relançamento da USAN — a União das Nações Sul-Americanas — nos Perfis da América Latina Nova Integração Monetária – Economia Bitcoin News

Uma proposta de relançamento da hoje extinta USAN, a União das Nações Sul-Americanas, traça o perfil de uma futura integração monetária entre os países da organização. A proposta, feita por vários ex-presidentes de países da América Latina, reforça a necessidade de integração regional para superar problemas comuns na área, inclusive a pobreza.

Proposta de relançamento da USAN inclui integração monetária

As recentes mudanças políticas na Colômbia e no Brasil deram origem a uma série de processos que buscam integrar os países da América do Sul em uma nova organização. Em 14 de novembro, uma proposta de relançamento da USAN, organização de integração latino-americana lançada em 2008 e que reúne 12 países, entre eles Brasil e Argentina, foi elaborada por vários ex-presidentes da região. Entre eles estão Michelle Bachelet, Rafael Correa, José Mujica, Dilma Rouseff e Ernesto Samper.

O documento descreve a necessidade de uma integração regional mais forte para superar os obstáculos que a atual organização do mundo apresenta para as nações dessa área e desenvolver as capacidades de seus países como um bloco.

A proposta, dirigida em forma de carta ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, menciona explicitamente a integração monetária como uma das prioridades da organização relançada. A carta pede:

A constituição de um grupo de trabalho para avançar para um sistema de financiamento das trocas comerciais com vista a uma futura integração monetária quando as condições macroeconómicas o permitirem.

Outros assuntos importantes incluem o estabelecimento de uma abordagem comum para dívida externa e financiamento internacional para países de renda média e a implementação de medidas que favoreçam a cooperação entre empresas da região, como compras públicas conjuntas e harmonização regulatória.

Possível suporte para uma moeda comum

Além do relançamento da USAN, outros atores do continente declararam seu apoio ao estabelecimento de uma moeda comum, destacando os benefícios que tal desenvolvimento pode trazer para a América Latina. O presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, foi um dos primeiros a apresentar a ideia durante um comício de sua campanha.

Em maio, Lula estabelecido:

Vamos restabelecer nosso relacionamento com a América Latina. Se Deus quiser, criaremos uma moeda latino-americana.

Lula também explicou que o objetivo da criação dessa moeda seria deixar para trás a dependência do dólar americano, que tem causado altas taxas de inflação em países com economias problemáticas da região. A Argentina é um exemplo disso, com 14 diferentes taxas de câmbio do dólar atualmente em vigor para tentar conter seus números de fuga de capitais e sua taxa de inflação, projetada para chegar a mais de 100% este ano.

O governo do presidente colombiano Gustavo Petro também tem sinalizado apoio a essa iniciativa desde o dia de sua posse, quando o ministro Roy Barreras também defendeu o estabelecimento de uma moeda comum.

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O que pensa da futura integração monetária perfilada na proposta de relançamento da USAN? Conte-nos na seção de comentários abaixo.

Sérgio Goschenko

Sergio é um jornalista criptomoeda que mora na Venezuela. Ele se descreve como atrasado no jogo, entrando na criptosfera quando o aumento de preços aconteceu em dezembro de 2017. Tendo uma formação em engenharia da computação, morando na Venezuela e sendo impactado pelo boom da criptomoeda em nível social, ele oferece um ponto de vista diferente sobre o sucesso da criptografia e como ela ajuda os que não têm acesso a bancos e os que não têm acesso a serviços.

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Fonte: https://news.bitcoin.com/relaunch-of-usan-the-union-of-south-american-nations-in-latam-profiles-new-monetary-integration/