Sunacrip venezuelano aperta controle sobre transações feitas usando exchanges não autorizadas – Bitcoin News

A Sunacrip, a agência de vigilância de criptomoedas venezuelana, emitiu uma nova providência interna que define as diretrizes que seguirá ao lidar com relatórios de atividades suspeitas relacionadas a plataformas de fintech. O documento descreve que o uso de plataformas não autorizadas pode constituir uma atividade suspeita, o que pode levar a multas de US$ 15,000 para seus clientes.

Sunacrip publica Internal Providence sobre atividades de fintech

A Sunacrip, a agência de vigilância de criptomoedas venezuelana, está buscando ter um melhor controle dos movimentos que os venezuelanos fazem usando criptomoedas e outros ativos usando plataformas de fintech. A entidade lançou um novo providência que estabelece o mecanismo para lidar com atividades suspeitas, inclusive em plataformas fintech.

A providência, que é um documento interno assinado por Joselit Ramirez, chefe da organização, busca incluir diferentes diretrizes da Força-Tarefa de Ação Financeira (GAFI) em seus processos de trabalho para detectar esquemas de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. A Venezuela não faz parte do GAFI atualmente devido às sanções que o país enfrenta internacionalmente.

A providência interna afirma que o uso de exchanges não autorizadas pode ser considerado um sinal de alerta que pode ser relatado à organização nacional de inteligência financeira para ser investigado e sancionado. Embora o memorando não indique quais penalidades podem ser aplicadas por essas violações, outra lei relacionada define sanções para o uso de ativos criptográficos sem autorização, estabelecendo penalidades de até US$ 15,000.


Interrompendo a adoção de criptografia

Esse novo conjunto de medidas pode afetar usuários de algumas exchanges como a Binance, que apesar de ser muito utilizada pela comunidade cripto no país, carece de registro oficial e autorização junto à instituição. Os usuários da exchange podem fugir para outras plataformas para evitar essas sanções. Outras exchanges populares no país também não estão na lista de exchanges autorizadas.

Em janeiro, Sunacrip revogou as licenças de duas exchanges e informado sobre as que foram autorizadas pela organização, deixando alguns nomes importantes como Binance, de fora. Na época, Ramirez disse aos usuários que se abstivessem de usar essas trocas não autorizadas.

Mas não são apenas as trocas de criptomoedas que são afetadas por este regulamento. As plataformas de fintech e os serviços de troca fiduciária que estão operando no país também estariam incluídos no escopo desta providência.

Raul Velásquez, advogado venezuelano e entusiasta de criptomoedas, afirmou que a unidade nacional de inteligência financeira tem faculdades para exigir informações de instituições de criptomoedas e bancos. “As rampas de entrada e saída da Fiat são especialmente propensas a serem vigiadas. No entanto, esta é uma tarefa muito cara e complicada para as instituições governamentais.” Concluiu salientando que é muito estranho que o documento não tenha sido publicado no Diário Oficial do país, sendo este um procedimento obrigatório para todos os documentos deste tipo.

O que você acha da nova providência da Sunacrip que estabelece diretrizes sobre atividades suspeitas em plataformas fintech? Conte-nos na seção de comentários abaixo.

Sérgio Goschenko

Sergio é um jornalista criptomoeda que mora na Venezuela. Ele se descreve como atrasado no jogo, entrando na criptosfera quando o aumento de preços aconteceu em dezembro de 2017. Tendo uma formação em engenharia da computação, morando na Venezuela e sendo impactado pelo boom da criptomoeda em nível social, ele oferece um ponto de vista diferente sobre o sucesso da criptografia e como ela ajuda os que não têm acesso a bancos e os que não têm acesso a serviços.

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Fonte: https://news.bitcoin.com/venezuelan-sunacrip-tightens-control-on-transactions-made-using-unauthorized-exchanges/