Blockchain surge como uma ferramenta fundamental para capacitar empreendedores negros, abordando a lacuna de diversidade da indústria tecnológica.
Ao longo dos anos, a indústria tecnológica tem lutado contra a falta de diversidade, especialmente em comunidades sub-representadas, como os negros e afro-americanos, bem como outros grupos minoritários.
Embora tenham sido implementadas iniciativas para resolver esta questão, ainda existe uma lacuna significativa na representação, no acesso ao financiamento e nas oportunidades para os empresários negros.
Este artigo explorará como o blockchain pode abordar o racismo estrutural e as lacunas de riqueza e fornecer oportunidades para que empresas e projetos de propriedade de negros prosperem.
Os desafios enfrentados pelos empreendedores negros em tecnologia
A falta de representação negra na tecnologia vai além do simples cumprimento de cotas. Apenas 2.3% das empresas dos EUA são propriedade de negros, embora os negros representem quase 14% da população. As empresas pertencentes a negros também apresentam uma taxa de insucesso mais elevada, com 8 em cada 10 falindo nos primeiros 18 meses.
Os desafios que os empreendedores negros enfrentam na tecnologia decorrem de vários níveis do ecossistema de startups. Além disso, estão frequentemente enraizados em barreiras e preconceitos sistémicos que limitam o acesso a recursos e oportunidades.
Por exemplo, os negros estão sub-representados nos cursos STEM, tornando mais difícil entrar na indústria de tecnologia. As empresas de capital de risco também pertencem e são operadas em grande parte por indivíduos não negros, o que limita o montante de financiamento disponível para empresas pertencentes a negros.
As startups também são afetadas pela discriminação, uma vez que os empreendedores negros lutam para aceder a projetos de alto crescimento em fase inicial sem satisfazer os requisitos de riqueza de um investidor credenciado.
Blockchain como equalizador
Ainda assim, existe uma oportunidade significativa de crescimento e inovação neste setor.
A tecnologia Blockchain e os ativos criptográficos foram criados para transformar tudo, desde serviços financeiros e cadeias de abastecimento até serviços governamentais, tornando possível abordar a desigualdade na sua raiz.
A razão pela qual é tão revolucionário é que o blockchain remove muitas das barreiras tradicionais à aquisição, armazenamento e transferência de riqueza. Não tem permissão, o que significa que os consumidores não precisam acessar ativos criptográficos por meio de uma autoridade central.
O Blockchain permite que praticamente qualquer pessoa acesse projetos de alto crescimento em estágio inicial sem atender aos requisitos de riqueza de um investidor credenciado.
Embora a indústria criptográfica tenha historicamente apresentado um desequilíbrio de género, as tendências recentes indicam uma mudança no sentido de uma maior diversidade de género. O relatório State of Crypto 2022 da Gemini mostra que, globalmente, 47% dos interessados em comprar criptomoedas pela primeira vez no próximo ano são mulheres. Nos países em desenvolvimento, a participação feminina na propriedade de criptomoedas é particularmente elevada, com as mulheres representando mais de metade dos proprietários de criptomoedas em Israel (51%), na Indonésia (51%) e na Nigéria (50%).
Por outro lado, nas regiões mais desenvolvidas, a proporção de mulheres que atualmente possuem criptomoedas é menor. Isso inclui os Estados Unidos (32%), a Europa (33%) e a Austrália (27%), onde apenas cerca de um terço dos proprietários de criptomoedas são mulheres.
DAOs e empresas de criptografia trabalhando para preencher a lacuna
Aceleradores tecnológicos como Smarter in the City, Black Founders e Blacks in Technology oferecem espaço de trabalho, oportunidades de colaboração e defesa de direitos para empreendedores afro-americanos.
Organizações autônomas descentralizadas (DAOs), definidas simplesmente como comunidades blockchain com uma conta bancária compartilhada, podem levar as coisas um passo adiante. Negócios, projetos e DAOs de blockchain de propriedade de negros ajudam no acesso e no financiamento.
Como qualquer liderança centralizada não administra DAOs, é menos provável que excluam pessoas com base em fatores de identidade como idade, sexo ou raça. E essa falta de discriminação vai além dos DAOs e atinge o blockchain como um todo.
Um exemplo é um projeto de token não fungível (NFT) chamado “Long Neck Ladies”. Este é um projeto NFT criado por uma menina negra de 13 anos que gerou milhões em receitas.
Perspectivas futuras
Em conclusão, a falta de representação dos empresários negros na indústria tecnológica é um problema persistente que precisa de ser resolvido para promover a diversidade, a igualdade e a inclusão.
Blockchain fornece uma solução promissora ao capacitar comunidades sub-representadas por meio de financiamento descentralizado, DAOs e outras soluções cripto-nativas.
É essencial garantir que a diversidade e a inclusão estejam na vanguarda do empreendedorismo tecnológico para criar um mundo verdadeiramente equitativo e inclusivo.
Fonte: https://crypto.news/blockchain-boosts-opportunities-for-black-tech-entrepreneurs/