Relatório Bitrace: Bots de troca de moedas do Telegram vinculados a fundos ilícitos correm o risco de contaminar endereços de usuários

A integração da moderna tecnologia da informação e da Internet revolucionou as transações online tradicionais. Com estruturas discretas, descentralizadas e multi-redes, estes mercados operam em tempo real, ostentando uma interface homem-máquina altamente partilhada. 

De acordo com um novo relatório da empresa de segurança blockchain Bitrace, as criptomoedas, como a emergente moeda Telegram, tornaram-se cada vez mais predominantes devido ao seu baixo custo e à falta de requisitos de licenciamento para pagamentos e liquidações. No entanto, esta conveniência acarreta riscos significativos, uma vez que descobertas recentes da Bitrace destacam as ameaças financeiras que se aproximam da indústria da encriptação. O relatório também afirmou que o robô de troca de moedas Telegram possui muitos endereços de jogadores e fraudulentos, que podem contaminar os endereços dos usuários. Vamos nos aprofundar no relatório.

O lado negro das transações criptográficas

O relatório da Bitrace revelou que as transações, muitas vezes facilitadas por redes anônimas como grupos de Telegram e plataformas de terceiros, carecem de verificações de identidade rigorosas. Consequentemente, os compradores envolvem-se em atividades de criptografia arriscadas, utilizando bens ou serviços virtuais. Estas atividades levam potencialmente à “poluição” dos endereços encriptados dos vendedores com ganhos ilegais. Isto compromete não apenas os vendedores, mas também outros compradores, aumentando os riscos financeiros generalizados.

Além disso, o fascínio dos “bons números” da blockchain leva investidores e empresas a gerar endereços únicos, simbolizando status ou marca. A complexidade de gerar esses números varia, desde simples operações em computadores domésticos até a necessidade de poder computacional avançado para sequências mais específicas. Os provedores desses números procurados normalmente usam endereços consistentes para coletar pagamentos TRC20-USDT. No entanto, estes endereços tornam-se suscetíveis à poluição proveniente de fundos de alto risco, especialmente quando utilizados por plataformas de jogos de azar online, o que, segundo a Bitrace, é um problema predominante.

O perigo do phishing e a exploração do Telegram

Outra tendência alarmante é o phishing de transferência zero, em que os fraudadores iniciam múltiplas pequenas transferências para endereços não especificados, contaminando assim os registros de transações do destinatário. Versões atualizadas desse golpe envolvem a geração de endereços falsos com números finais correspondentes, atraindo transferências significativas e levando a perdas mais consideráveis. Os prestadores de serviços que criam estes endereços enfrentam o risco de receber fundos ilícitos, que podem ser classificados como fundos imobiliários negros ou cinzentos.

A expansividade do aplicativo Telegram também levou ao seu uso indevido. Vários bots inteligentes, cruciais para comerciantes online nos mercados de rede, têm sido utilizados para operações de câmbio ilegais. Esses bots, capazes de realizar conversões automáticas de moeda, estão indiretamente associados aos endereços comerciais dos prestadores de serviços. Caso estes fundos sejam comprometidos, corre-se o risco de contaminar também os endereços dos prestadores de serviços.

O relatório Bitrace também considerou o caso do endereço Tron TJS…3333333. O relatório afirma que o endereço está vinculado a uma equipe de serviço técnico anônima que oferece números Tron especializados e serviços de bot do Telegram. Este endereço, ponto de pagamento da equipe, está ativo desde o final de setembro de 2023 e processou transações no valor de cerca de 31681 USDT. De acordo com o relatório, a maioria destas transações esteve ligada a fundos de risco envolvendo atividades como jogos de azar e lavagem de dinheiro. As entidades que interagem com este endereço, portanto, correm o risco de ter os seus fundos congelados ou investigados pelas autoridades.

Em essência, os participantes do mercado on-line anônimo correm o risco de vincular seus endereços a endereços de capital de alto risco. Esta associação pode levar a investigações ou mesmo à imposição de medidas rigorosas de controle de risco por parte de plataformas de negociação centralizadas.

As descobertas da Bitrace ressaltam a necessidade de vigilância entre os usuários de criptomoedas. O envolvimento em transações em mercados on-line anônimos pode manchar a reputação transacional de alguém, levando potencialmente a consequências graves. A empresa também elucidou que os investidores devem negociar num ambiente forte e seguro.

Fonte: https://www.cryptopolitan.com/bitrace-report-telegram-coin-exchange-bots-linked-to-illicit-funds-risk/