A sustentação da exchange cripto corta a Venezuela devido à 'complexidade' das sanções dos EUA

As sanções dos EUA forçaram a exchange de criptomoedas Uphold a fechar a Venezuela—oficialmente desta vez.

Em uma atualização de seu site Centro de ajuda, a exchange com sede no Reino Unido observou que estava encerrando seu apoio à Venezuela devido à “crescente complexidade do cumprimento das sanções dos EUA”.

“Estamos dando esse passo com muita relutância”, observou um comunicado da empresa, acrescentando que os usuários venezuelanos devem retirar seus fundos o mais rápido possível. Os usuários terão até 31 de julho para esvaziar o Bitcoin e outros ativos criptográficos de sua conta carteiras e terão suas contas totalmente restringidas a partir de 30 de setembro.

A Uphold declarou em um e-mail aos usuários que planeja retornar à Venezuela “assim que as mudanças na política dos EUA permitirem”.

Sanções dos EUA contra a Venezuela têm sido uma barreira crítica para o surgimento de negócios de criptomoedas no país, apesar do país ostentar uma das maiores taxas de adoção de criptomoedas do mundo. De volta a 2020, peer-to-peer A exchange de criptomoedas Paxful tomou uma decisão semelhante de sair do país.

“Devido a preocupações com o cenário regulatório na Venezuela e a própria tolerância ao risco da Paxful, lamentamos informar que a Paxful encerrará as operações na Venezuela”, disse a plataforma em comunicado compartilhado com a Decrypt na época.

Venezuelanos reagem à saída de Uphold

Como esperado, a decisão já provocou reações dos venezuelanos. Anibal Garrido, consultor venezuelano de criptoativos que tinha experiência no uso da Uphold como uma exchange “rápida, segura e confortável”, disse que era lamentável que a Uphold tenha sido forçada a deixar a Venezuela por motivos políticos.

“É um movimento infeliz que destaca que a dependência de sistemas centralizados tem suas consequências”, disse ele ao Decrypt. “Peço aos usuários que reflitam sobre a importância da auto-custódia de ativos criptográficos.”

Esta decisão põe fim à incerteza que os usuários venezuelanos enfrentaram em várias ondas de fechamento repentino de contas pela empresa. Em 2019, Descifrar informou que vários usuários venezuelanos tiveram suas contas bloqueadas mesmo após cumprirem as exigências extraordinárias da empresa de KYC (conheça seu cliente). Os venezuelanos suspeitavam que o fechamento de contas fosse resultado de sanções adicionais recentemente impostas pelos Estados Unidos.

Na altura, Descifrar perguntou ao CEO da Uphold, Juan Pablo Thieriot, se as sanções dos EUA estavam afetando a capacidade da empresa de fazer negócios na Venezuela, ao que ele respondeu: “A Uphold está totalmente comprometida em cumprir as leis que se aplicam em cada uma das jurisdições em que opera”.

Com a saída da Uphold, os venezuelanos perdem mais uma opção de trocar criptomoedas e receber remessas; no entanto, ainda existem alternativas igualmente seguras.

Entre os mais conhecidos estão os plataforma de troca ponto a ponto LocalBitcoins, o mercado peer-to-peer da Binance, exchanges descentralizadas como Uniswap, as plataformas estatais Patria e PetroApp, bem como exchanges de criptomoedas legalmente autorizadas pelo governo a operar no país.

Enquanto isso, a Venezuela continua sendo o país líder da América Latina em termos de negociação peer-to-peer de Bitcoin, com mais de US$ 4.7 milhões negociados até agora esta semana, de acordo com Tulipas úteis.

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Fonte: https://decrypt.co/103660/crypto-exchange-uphold-venezuela-us-sanctions