Mineração de fazendas criptográficas em campos de petróleo russos atinge 85 MW de capacidade, dizem analistas – Coinotizia

As fazendas de mineração de criptomoedas em poços de petróleo na Rússia representam 85 megawatts (MW) de capacidade de energia, estimaram especialistas. Os investidores estão considerando projetos para outros 200 MW, apesar das restrições decorrentes das sanções ocidentais, revela um relatório.

Renda anual da mineração de criptomoedas com gás associado na Rússia deve exceder um bilhão de rublos

Os data centers de mineração de criptomoedas nos campos de petróleo da Rússia têm uma potência combinada de 85 megawatts, o que representa 23% do mercado, segundo analistas da Vygon Consulting, uma consultoria independente que trabalha no desenvolvimento do complexo russo de combustível e energia.

Essas fazendas de criptografia são abastecidas com eletricidade gerada por pequenas usinas de energia que queimam gás de petróleo associado (APG), um subproduto da extração de ouro negro, que as empresas petrolíferas são obrigadas a descartar. Embora não custe quase nada, eles podem vendê-lo aos mineradores.

Os produtores de petróleo russos usam cerca de 17 bilhões de metros cúbicos de APG anualmente para instalações de energia em locais de perfuração. Pesquisadores dizem que a mineração de criptomoedas é responsável por 279 milhões de metros cúbicos de consumo no momento, informou o jornal de negócios russo Kommersant, citando o estudo realizado por Consultoria Vygon.

Somente em julho, o ganhos dos mineradores APG totalizaram 400 milhões de rublos (aproximadamente US$ 6.6 milhões), calculados a uma taxa de câmbio média mensal de US$ 20,000 por 1 BTC. Sua receita anual projetada para julho de 2022 a julho de 2023 a esse preço do bitcoin é de 4.8 bilhões de rublos (perto de US$ 79 milhões) e a receita anual por um período de seis anos pode chegar a 1.16 bilhão de rublos (US$ 19 milhões).

Espera-se que a cunhagem de moedas da APG cresça, embora as sanções possam impedir a expansão

De acordo com os analistas, a indústria de mineração APG poderia ver um crescimento múltiplo. Se 1.6% do gás associado, atualmente queimado, fosse usado para mineração, a renda anual dos mineradores envolvidos dobraria para 2.5 bilhões de rublos. E se um terço de todo o APG queimado for dedicado à mineração, o setor poderá aumentar em tamanho 25 vezes e esperar uma receita de até 30 bilhões de rublos por ano.

Ao mesmo tempo, os negócios de mineração da Rússia estão enfrentando desafios devido às sanções impostas pelo conflito na Ucrânia. A UE limitou as transações com carteiras de criptomoedas de usuários russos e algumas exchanges internacionais de criptomoedas restringem o acesso dos russos às suas plataformas. A Vygon Consulting diz que uma saída possível é registrar uma entidade mineradora em outro país.

Isso nem sempre é uma solução viável, como mostra o caso do Bitriver. A empresa registrada na Suíça, que é uma das principais operadoras de data centers de mineração na Federação Russa, foi sancionado pelo Departamento do Tesouro dos EUA em abril, em meio a preocupações de que Moscou possa usar a cunhagem de moedas digitais para monetizar seus recursos energéticos.

Em junho, a mídia criptográfica russa relatado que a Bitriver assinou um memorando de cooperação com a Gazprom Neft, o braço de produção de petróleo da gigante russa de energia Gazprom, para utilizar eletricidade gerada a partir de gás associado em seus poços. Os especialistas da Vygon Consulting insistem que tais projetos não trazem riscos para as companhias de petróleo.

A Gazprom Neft começou a lançar projetos piloto para estabelecer data centers com APG em 2019 e agora possui infraestrutura de computação operando em suas empresas em três regiões russas. A empresa enfatizou que não se envolve diretamente com moedas digitais, mas fornece energia em excesso para as instalações administradas por parceiros com quem trabalha.

A importação de equipamentos de computação necessários para mineração de criptomoedas é outro problema para empresas russas que enfrentam restrições internacionais, observa o relatório. O caminho “tornou-se mais longo legal e logisticamente”, diz Roman Zabuga, co-proprietário da BWC UG, outra operadora de mineração líder que coloca a capacidade instalada atual das fazendas APG em 30 – 40 MW. No entanto, ele acredita que os investidores planejam realizar novos projetos de grande escala com uma capacidade combinada de 200 MW no futuro.

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Lubomir Tassev

Lubomir Tassev é um jornalista da Europa Oriental experiente em tecnologia que gosta da citação de Hitchens: “Ser escritor é o que sou, e não o que faço”. Além de criptografia, blockchain e fintech, política e economia internacionais são duas outras fontes de inspiração.




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Fonte: Bitcoin

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