FMI: Criptografia apresenta riscos de contágio

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Alex Dovbnya

A crescente correlação entre criptomoedas e ações apresenta riscos sistêmicos, de acordo com o FMI

Em seu relatório mais recente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) observou que o Bitcoin e outras criptomoedas representam um risco sistêmico para os mercados financeiros globais devido à sua alta correlação com os ativos tradicionais.

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Imagem de blogs.imf.org

O apoio monetário sem precedentes dos principais bancos centrais, que deveria amortecer o golpe da pandemia, é citado como a principal razão por trás da associação cada vez mais forte entre criptomoedas e índices de ações.  

O FMI observa que um declínio acentuado nos preços do Bitcoin pode desencadear efeitos colaterais. A correlação entre ações e criptomoedas tende a subir durante períodos de maior volatilidade do mercado.

Conforme relatado pelo U.Today, o Bitcoin caiu abaixo de US$ 40,000 pela primeira vez desde o final de setembro, em conjunto com as ações.  

Recentemente, o Bitcoin tem negociado em sintonia com o S&P 500 e o Nasdaq. Segundo dados fornecidos pela Kaiko, o coeficiente de correlação chegou a 0.61, o nível mais alto desde julho de 2020.

No entanto, enquanto o S&P 500 continua sendo negociado perto de recordes, o Bitcoin caiu 38.39% em relação ao seu pico vitalício.

O FMI conclui que o Bitcoin falhou efetivamente como um diversificador de portfólio, uma vez que continua negociando em sintonia com as ações.

Para evitar problemas econômicos, a organização mais uma vez enfatizou a importância de criar uma estrutura global de regulamentação de criptomoedas.

Em seu relatório de outubro, a proeminente instituição financeira observou que a adoção do Bitcoin em El Salvador pode levar à desestabilização dos fluxos de capital. Também soou o alarme sobre as stablecoins, alegando que elas poderiam ser usadas como uma ferramenta para evasão fiscal.

Fonte: https://u.today/imf-crypto-poses-contagion-risks