Laurentino Cortizo, presidente do Panamá, disse que não assinará um projeto de lei de criptomoedas recentemente aprovado pela Assembleia Nacional do país sem regras adicionais contra a lavagem de dinheiro.
Falando na conferência Bloomberg New Economy Gateway Latin America na quarta-feira, Cortizo dito o projeto de lei recentemente aprovado pela legislatura do Panamá deve passar por verificações legais antes de chegar à sua mesa, mas acrescentou que ele precisa de mais informações antes de potencialmente transformá-lo em lei. Descrevendo a legislação como uma “lei inovadora” e uma “boa lei”, o presidente disse que aprovou certos aspectos do projeto, mas insinuou possíveis usos ilícitos de criptomoedas que precisam ser abordados.
“Não vou assinar essa lei neste momento”, disse Cortizo. “Se a lei tem cláusulas relacionadas a atividades de lavagem de dinheiro – atividades de combate à lavagem de dinheiro – isso é muito importante para nós.”
A “Lei Cripto” do Panamá aprovada na Assembleia Nacional após o terceiro debate, em 28 de abril. Segundo o órgão legislativo, o projeto foi Destinado em regular “a negociação e uso de criptoativos, a emissão de valor digital, a tokenização de metais preciosos e outros ativos, sistemas de pagamento e outras disposições”.
Em contraste com a Lei Bitcoin de El Salvador, que exigia que as empresas locais aceita Bitcoin, a Lei de Criptomoedas do Panamá, se aprovada, provavelmente daria a residentes e empresas a opção de usar e aceitar criptomoedas. Segundo para um rascunho inicial do projeto de lei, muitas empresas não precisariam de uma licença especial para aceitar criptomoedas.
O legislador pró-cripto Gabriel Silva tem sugerido A aprovação da Lei Crypto ajudaria a promover a inclusão financeira no Panamá e criaria oportunidades adicionais de emprego. No entanto, o economista Ernesto Bazán chamado para o presidente Cortizo vetar o projeto de lei, alegando que a falta de regulamentações claras no país provavelmente não inspiraria confiança nas criptomoedas, arriscando a estabilidade financeira dos bancos e da economia local.
“É fundamental ter profissionais competentes, capacidade fiscalizadora e suficiência, ainda mais em um assunto tão novo e especializado”, dito Bazan. “A fraca regulamentação abriria uma janela de oportunidade para maiores fraudes, ataques cibernéticos e atividades criminosas que implicariam em perda de confiança no país e em seu Centro Bancário Internacional […] Aguardamos o veto da lei e que uma análise abrangente dos riscos que este regulamento implica ser cumprido. Para o bem do país”.
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Silva ajudou introduzir a Lei Criptográfica do Panamá à Assembleia Nacional em setembro de 2021, no mesmo dia em que El Salvador começou oficialmente a reconhecer o Bitcoin (BTC) como curso legal. O projeto saiu da Comissão de Assuntos Econômicos em 21 de abril antes de ser aprovado pela Assembleia Nacional em 28 de abril e atualmente aguarda aprovação ou veto do presidente Cortizo.
Fonte: https://cointelegraph.com/news/panama-s-president-says-he-won-t-sign-crypto-bill-into-law-at-this-moment