As limitações da tokenização de metais preciosos – crypto.news

A premissa por trás da tokenização de metais é simples: em vez de investir em metal físico, você investe em um token digital que representa o metal. A ideia é que isso permita que os investidores aproveitem o valor do metal sem lidar com o incômodo e o risco de possuir o metal físico. Então, esta é uma estratégia de investimento viável? Aqui estão algumas limitações que devem ser consideradas antes de tomar uma decisão.

Remetente de moedas

Sensibilização fraca

O primeiro desafio vem na forma de conhecimento inadequado sobre todo o assunto. A maioria das pessoas não tem ideia se é possível tokenizar metais preciosos. Ele desempenha um papel direto na limitação das taxas de adoção de tais tokens e criptos.

Aqueles que conhecem mal estão cientes dos benefícios de manter metais preciosos tokenizados. Eles também não estão cientes de onde acessar as plataformas de mercado adequadas para o mesmo. Este último levanta preocupações sobre fraudes. 

A situação pode ser atribuída em grande parte à alta taxa de notícias negativas sobre criptos na grande mídia, influenciada pela guerra dos governos às criptos. Os anúncios de tokenização de metais preciosos também estão circulando principalmente nas comunidades de criptomoedas. O público em geral acaba ficando no escuro, reduzindo a taxa de adoção desses tokens.

Concorrência dos maiores players do mercado

Os maiores players nos mercados de metais preciosos são os governos, que negociam os metais por reservas estratégicas de forex. Para se ter uma ideia do tamanho do mercado, a demanda de ouro dos bancos centrais em 2019 soma 650.3 toneladas. Isso é cerca de 31% da demanda global total por ouro durante o mesmo ano.

Os governos, no entanto, têm plataformas de negociação por meio das quais vendem ou compram esses ativos. Essas plataformas incluem links diretos para empresas de mineração e intermediários, que primeiro precisam fazer um processo de licitação. Os governos também negociam diretamente com outros governos no que diz respeito a metais preciosos como ouro e prata.

As repercussões disso são que os mercados de metais preciosos tokenizados só podem acessar cerca de ⅔ do total de mercados em qualquer momento. Outros grandes players, como mineradoras, grandes intermediários e bancos, também participam dos mercados de propriedade do governo e/ou têm seus próprios mercados.

Falta de um consenso global sobre sua regulamentação

Toda a indústria de blockchain é relativamente jovem. O fato de ser uma das inovações recentes mais disruptivas fez com que os governos lutassem recentemente para instituir regulamentações sobre o setor. Tokens representando metais preciosos também foram alcançados.

Mas os regulamentos internos, embora sejam um grande obstáculo, não são o principal problema. O principal problema no que diz respeito à regulação é a falta de um sistema de legislação internacionalmente acordado e harmonizado para regular o setor. 

Por exemplo, o sistema tributário não está harmonizado além-fronteiras. Um governo pode não ter problemas com um investidor estrangeiro participando do comércio de metais preciosos tokenizados em sua jurisdição. No entanto, o governo de origem do investidor pode ter uma postura bastante combativa contra o blockchain e ver a transação como evasão fiscal. Portanto, enquanto os metais preciosos tokenizados desfrutam das armadilhas de transferências transfronteiriças rápidas e baratas que a blockchain oferece, eles enfrentam sérios obstáculos regulatórios.

Mercados subdesenvolvidos

O problema dos mercados subdesenvolvidos é mais uma questão que surgiu devido à ascensão meteórica das Finanças Descentralizadas. Eles cresceram rápido demais para o desenvolvimento dos mercados, especialmente do ponto de vista legal.

Para começar, há uma insuficiência crônica de mercados licenciados para negociar metais preciosos tokenizados. Isso torna as coisas mais difíceis para os investidores de metais preciosos, que preferem comprometer seus ativos financeiros nos mercados legais não tokenizados.

Além disso, os mercados carecem de interligações profundas com instituições financeiras tradicionais para uma movimentação mais suave das finanças. A maioria dos comerciantes em mercados preciosos mantém seu capital de investimento em bancos de investimento. Esses bancos geralmente têm interligações com os mercados tradicionais de metais preciosos e serviços de consultoria de investimento atribuídos.

Maior suscetibilidade a perdas por meio de crimes cibernéticos

Uma grande desvantagem da tokenização de metais preciosos é a natureza inerente do blockchain. É a questão do aumento da suscetibilidade dos metais preciosos ao cibercrime.

Para ser justo, o sistema blockchain no qual o token é cunhado é totalmente seguro. Isso se deve à regra de ataque de 51% e à natureza imutável do blockchain. O problema surge a partir do momento em que são movidos para carteiras para armazenamento. As carteiras quentes são particularmente vulneráveis ​​devido à sua natureza online, atuando como um grande desincentivo para os investidores de tokenização.

Opinião do autor

A tokenização de metais preciosos fornece evidências sólidas de por que o blockchain é uma inovação versátil. Seus benefícios são profundos, desde transações mais rápidas a custos mais baratos, registros imutáveis, falsificações reduzidas e muitos outros.

Como inovação recente, vários problemas iniciais ainda precisam ser resolvidos para o sucesso do conceito. Na maioria das vezes, a maioria desses problemas será resolvida gradualmente. Estas são a sensibilização deficiente, os mercados subdesenvolvidos e a falta de um quadro regulamentar globalmente harmonizado. 

O uso de carteiras frias pode resolver o aumento da suscetibilidade ao cibercrime. A competição dos maiores jogadores apresenta um obstáculo formidável. As parcerias são um compromisso que pode funcionar bem aqui. 

Fonte: https://crypto.news/the-limitations-of-tokenizing-precious-metals/