Ethereum se tornou a nova queridinha dos hackers norte-coreanos
A investigadora de blockchain Chainalysis estimou que hackers da Coreia do Norte roubaram US$ 395 milhões em criptomoedas no ano passado, realizando sete violações de segurança bem-sucedidas, relata a Wired.
Notavelmente, o Ethereum respondeu por 58% da soma (US$ 272 milhões). Bitcoin, a principal criptomoeda, representa apenas um quinto do valor de US$ 400 milhões. A participação de tokens baseados em Ethereum é de 11%.
A quantidade total de criptomoedas roubadas pelo Reino Eremita já ultrapassou US$ 1.5 bilhão, de acordo com dados da Chainalysis.
Sendo um dos países mais fortemente sancionados do mundo, a Coreia do Norte é um pária no cenário econômico global.
Laços estreitos com a China, que compra 90% dos produtos da Coreia do Norte, ajudam a manter a economia em dificuldades, mas o estado comunista também se envolve em várias atividades criminosas. Após o tráfico de drogas e a falsificação, o cibercrime surgiu como uma nova fonte de receita para o estado comunista desonesto, com as exchanges de criptomoedas sendo alvos lucrativos para as unidades militares de hackers da Coreia do Norte.
O regime tirânico de Kim Jong Un depende de seus hackers para financiar o desenvolvimento de mísseis balísticos sofisticados e armas nucleares.
Em 2018, hackers norte-coreanos roubaram US$ 522 milhões, que continua sendo sua maior arrecadação anual até o momento.
O notório grupo de hackers Lazarus, que violou a Sony Pictures em larga escala em 2014, foi responsável por roubar US$ 275 milhões da exchange de criptomoedas KuCoin, com sede em Cingapura, em 2020.
Hackers norte-coreanos usam técnicas complicadas para lavar dinheiro roubado.
Em setembro passado, o desenvolvedor do Ethereum, Virgil Griffith, se declarou culpado por ajudar a Coreia do Norte a contornar as sanções dos EUA.
Fonte: https://u.today/272-million-in-ethereum-stolen-by-north-korean-hackers-in-2021