(Bloomberg) -- O banco central da Argentina elevou sua taxa básica de juros em 250 pontos base para 42.5% nesta quinta-feira, apertando ainda mais a política monetária para se alinhar às metas estabelecidas nas negociações do governo com o Fundo Monetário Internacional.
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O aumento marca sua segunda alta de juros este ano, de acordo com um comunicado do banco central. A equipe do FMI pediu que as taxas de juros na Argentina superem a inflação anual em 51% como parte de um programa pendente para reescalonar a dívida de US$ 40 bilhões do governo com o FMI.
Embora os custos dos empréstimos ainda permaneçam abaixo da inflação, o aumento da taxa de quinta-feira levará a taxa anual efetiva de 51.9% para 48.3%, de acordo com um funcionário que pediu para não ser identificado, já que o número não fazia parte do comunicado formal. Os formuladores de políticas do banco central consideram que a taxa anual efetiva, que contabiliza os juros compostos, é aquela que precisa superar a inflação para cumprir as metas do FMI.
As negociações entre o governo e o FMI ganharam impulso. Depois de chegar a um acordo provisório sobre questões-chave no final de janeiro, a Diretoria Executiva do Fundo se reuniu na quarta-feira com funcionários para discutir o estado das negociações com a Argentina. O governo pretende chegar a um acordo com o FMI em nível de funcionários antes de março.
O banco central também criará uma nova nota de 180 dias, conhecida como Notaliq, que terá uma taxa nominal de 47%, segundo o comunicado.
(Atualizações com extrato do banco central)
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Fonte: https://finance.yahoo.com/news/argentina-set-raise-key-rate-190616796.html