Brasil brilhante e Neymar dançam seu caminho para a vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul e para as quartas de final da Copa do Mundo

Após 13 minutos, a partida do Brasil nas oitavas de final contra a Coreia do Sul não era mais uma disputa. Foi Neymar, que converteu um pênalti. A cobrança de pênalti foi questionável, mas o goleiro sul-coreano Kim Seung-Gyu caiu de joelhos quando Neymar despachou a bola com despreocupação e finalidade mundana. Este foi o Brasil supremo, quase trollando seus adversários, e eles comemoraram com um rondo funky, a coreografia que haviam aplicado minutos antes para o brilhante gol inaugural de Vinicius Jr.

O alegre e duplo rondo sintetizou o espírito de equipe e o alívio do Brasil. O pentacampeão mundial estava sob pressão após uma decepcionante fase de grupos com duas vitórias, uma derrota insípida para Camarões e uma lesão preocupante de Neymar. Em entrevista coletiva, o técnico do Brasil, Tite, criticou os jornalistas, chamando a notícia da lesão de Gabriel Jesus de "mentiras malignas". Foi incomum para um homem que se diz humanista e está entre os treinadores mais eloquentes e pensativos do circuito.

Tite tende a ser equilibrado, mas o papel do Brasil é uma panela de pressão. A mídia intrusiva 24 horas por dia, 7 dias por semana e a ideia de que tudo menos uma vitória na Copa do Mundo é um fracasso estavam desestabilizando o legal Tite, mas então, em uma noite perfeita para o Brasil, sua equipe e a estrela-guia Neymar responderam com bravura, dissipando qualquer dúvida de que este Brasil não é um candidato ao prêmio final. Até Tite dançou após o terceiro gol do Brasil – e ele tinha todos os motivos para isso: Richarlison superou seu espetacular chute de tesoura na partida contra a Sérvia. Aqui ele estava no final de uma jogada de equipe hipnotizante que ele havia iniciado cabeceando a bola repetidamente. Num piscar de olhos, o Brasil escancarou a defesa coreana e o atacante chutou de lado.

Se tudo soa superlativo, é porque simplesmente era. Este era o Brasil de antigamente, o Brasil que todos desejavam naquelas difíceis partidas da fase de grupos. Havia uma exuberância nesse time e sua dança, repetida pela quarta vez quando Lucas Paquetá fez o próximo gol dos sul-americanos. Ele se ajoelhou e rezou em comemoração também.

Tite estava radiante. O jogador do West Ham United foi a chave para o equilíbrio do Brasil, o elo entre ataque e meio-campo, permitindo que o técnico colocasse em campo Richarlison, dois alas, Neymar e apenas um meia-defensivo, com Casemiro como camisa seis. Paquetá, novamente, nutria um bom entendimento com Neymar. Foi impressionante como um time de grandes personalidades se apoiou, com Neymar liderando o time. Seu efeito não era para ser confundido. Na defesa, Alisson quase não sofreu golos com várias defesas soberbas, mas Paik Seungho fez um merecido gol de consolação para os asiáticos aos 76 minutos.

Tite e o Brasil entendem que, no sentido mais estrito da palavra, não foi um teste. Foi tudo muito fácil, o jogo logo no início reduzido a um treino. Após o intervalo, o time de Tite diminuiu a intensidade e mesmo assim o adversário sofreu chance após chance. Isso, porém, não importava mais. Os sonhos da Copa do Mundo da Ásia acabaram e os brasileiros seguiram em frente, demonstrando que estão falando sério.

Source: https://www.forbes.com/sites/samindrakunti/2022/12/05/brilliant-brazil-and-neymar-dance-their-way-to-4-1-victory-against-south-korea-and-world-cup-quarter-final/