O yuan da China destrona o euro no SWIFT – Detalhes

A China já não se contenta em deixar a sua moeda, o yuan, ficar nas sombras. Com medidas agressivas, a China deixou claras as suas intenções: quer que o yuan se mantenha forte face às principais moedas globais.

Os dados recentes que reflectem o seu desempenho no SWIFT pintam um quadro inequívoco. Não se trata apenas de desafiar o dólar americano; trata-se de remodelar todo o cenário monetário.

O Yuan Ascendente: Superando o Euro

Os dados recentes da SWIFT fazem mais do que apenas oferecer números; conta a história de uma ordem mundial financeira em mudança. É evidente um declínio na fortaleza do euro, uma vez que a sua utilização em pagamentos internacionais caiu perto de 0.9%, caindo para uma quota de 31.74%.

Compare isso com a alta alta do yuan em 5 meses. Atingindo notáveis ​​3.71% em setembro, a moeda chinesa experimentou um aumento de 2.77% em relação aos dados de agosto de 2023.

Este não é um mero ponto no radar. O yuan ultrapassou a referência de 3% pela primeira vez em quase 20 meses. No entanto, não vamos nos deixar levar.

O rei indiscutível, o dólar americano, ainda mantém a liderança, testemunhando um crescimento de 41.74% para 42.71% durante o mesmo intervalo.

BRICS: A nova potência que está mudando a dinâmica cambial

A turbulência monetária não é apenas uma jogada da China; é uma estratégia do BRICS. Com a China no seu comando, a associação deixou bem claras as suas intenções – reduzir a dependência do dólar americano e desafiar outros grandes intervenientes como o euro, a libra e o iene.

Se procurarmos provas disto, os passos rumo à desdolarização iniciados pelos BRICS no início deste ano são uma indicação evidente. A determinação da China não é apenas um jogo de percentagens; é um movimento estratégico no sentido de redefinir a dinâmica financeira global.

À medida que se esforçam por minimizar a utilização do dólar americano nas transacções globais até 2026, os efeitos em cascata poderão abalar os próprios alicerces da estrutura económica mundial.

E embora os EUA continuem a ser uma potência económica, sectores em todo o país poderão ver-se confrontados com as consequências caso os BRICS voltem as costas ao dólar no comércio global.

Embora o desempenho recente do yuan possa parecer uma pequena vitória no grande esquema, é crucial olhar para além do imediato. Isto poderia muito bem ser o prenúncio de uma mudança no domínio da moeda global. As implicações a longo prazo tanto para o dólar americano como para o euro são difíceis de ignorar.

Num mundo onde o domínio financeiro tem sido historicamente ditado pelo Ocidente, o Oriente, liderado pela China, está claramente a sinalizar a sua disponibilidade para desafiar o status quo.

Os dados SWIFT não representam apenas números; é um testemunho das areias movediças do poder económico global. Com o yuan da China a tomar medidas ousadas e os países BRICS a recalibrar a dinâmica do comércio global, o futuro promete ser tudo menos previsível.

Aqueles que mantêm os ouvidos atentos podem ouvir – as reverberações da mudança. Não se trata apenas de moeda. Trata-se de poder, influência e audácia para desafiar domínios de longa data. É um admirável mundo novo e o yuan exige o seu lugar de direito nele.

Fonte: https://www.cryptopolitan.com/chinas-yuan-dethrones-euro-on-swift-details/