Sanções contínuas contra a Rússia “é improvável que dêem um golpe decisivo”, Think Tank

Após um ano de guerra na Ucrânia, um grande centro de estudos chegou à conclusão de que as sanções não irão esmagar a economia da Rússia. Os autores também percebem que sancionar a China pode ser mais do que um pouco complicado, dado o quão entrelaçados os EUA estão com a economia do país comunista.

O relatório do CSIS (o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais tem a seguinte redação (ênfase minha).

  • “Embora as medidas econômicas estejam prejudicando a economia russa, elas causaram menos danos do que muitos previam – em parte por causa das contínuas exportações de energia da Rússia – e são improvável de desferir um golpe de nocaute. "

Em outras palavras, o objetivo de paralisar completamente a Rússia e, em seguida, interromper a guerra rapidamente é visto como inviável.

Pelo menos parte dessa percepção veio depois que a Rússia se recuperou de uma queda cambial no ano passado. Um dólar alcançou cerca de 81 rublos em 23 de fevereiro do ano passado, mas rapidamente o rublo enfraqueceu para US$ 1 = 132 rublos no início de março. No entanto, a moeda rapidamente se recuperou e recentemente o dólar alcançaria apenas 76 rublos, mais ou menos onde estava antes da invasão. Para muitos países, a força da moeda reflete sua saúde.

Ainda assim, a força recuperada minou o que o CSIS via como um objetivo importante das sanções: esmagar a economia. O artigo do think tank afirmou o seguinte:

  • “As breves esperanças de desestabilizar a Rússia foram frustradas depois que o setor bancário da Rússia e a taxa de câmbio se recuperaram. O objetivo principal agora é degradar a capacidade da Rússia de sustentar sua guerra por meio do desgaste econômico. As medidas estão fazendo isso até certo ponto, mas é improvável que sejam tão decisivas quanto os resultados do campo de batalha”.

A frase-chave nessa passagem é que as sanções “provavelmente não serão tão decisivas quanto os resultados do campo de batalha”.

Dito de outra forma, as sanções não chegarão perto o suficiente para mudar o rumo da guerra.

O Maior Desafio

No entanto, o desafio mais complicado é o que fazer se a China invadir Taiwan, algo que promete fazer há anos.

Promulgar sanções comparáveis ​​e controles de exportação na China seria muito mais difícil e perturbador para a economia global”, afirma o relatório do CSIS.

Notavelmente, os EUA e a China estão unidos, com o primeiro dependendo fortemente do último para produtos manufaturados. Pior ainda, essas são as duas maiores economias do mundo, e qualquer coisa que perturbe uma ou ambas terá consequências globais.

  • Mas talvez o comentário mais revelador do relatório seja o seguinte: “A dissuasão econômica [também conhecida como sanções] deve ser considerada um complemento, mas não um substituto, da dissuasão militar.'

É verdade!

Leia mais análises de sanções SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA e SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA deste ano e do passado.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/simonconstable/2023/02/26/continued-sanctions-on-russia-unlikely-to-deliver-a-knockout-blow-think-tank/