Croácia elimina o pentacampeão da marca de pênalti

Alguns ficaram com as mãos nos quadris. Outros não podiam acreditar. Neymar caiu no chão em lágrimas. O Brasil estava fora da Copa do Mundo e seus jogadores não conseguiam se conformar, mais uma vez derrotado nas oitavas de final por adversários europeus. Luka Modric superou e enganou o pentacampeão mundial. Joško Gvardiol e Dominik Livakovic também foram brilhantes. O grandioso gol do Brasil aos 105 minutos não foi suficiente. Especialista na prorrogação, a Croácia se recuperou e não errou na cobrança de pênalti. A Croácia demonstrou mais uma vez que é uma seleção adequada para torneios.

Aos 105 minutos, Neymar, com a ajuda de Rodrygo e Lucas Paquetá, abriu caminho pela defesa croata e produziu uma finalização extraordinária, esforçando-se para segurar Sosa e contornar o goleiro Dominik Livakovic no primeiro tempo da prorrogação. Crie um pandemônio no Estádio Education City. Deveria ter sido o final de uma dramática quarta-de-final, mas a Croácia nunca desistiu. E assim que Bruno Petkovic empatou, o ímpeto mudou. Os jogadores do Brasil pareciam preocupados antes da disputa de pênaltis.

Tite e o Brasil ficarão traumatizados. O pentacampeão mundial não vencia uma partida eliminatória na Copa do Mundo contra adversários europeus desde 2002. Há quatro anos, a campanha do Brasil terminou contra a Bélgica nas oitavas de final. A Croácia sempre seria um adversário perigoso. A Croácia era boa demais para capitular como a Coreia do Sul havia feito nas oitavas de final.

Desde o início, as quartas-de-final foram um confronto instável: a Croácia foi organizada o suficiente e contou com o brilhante Modric, aos 37 anos ainda dominante no meio-campo, para enfrentar o Brasil, que não conseguiu pegar fogo no primeiro tempo. Os sul-americanos sondaram e cutucaram, mas sem muito sucesso. Havia um estalo no ar sempre que Neymar ou Vinicius Jr aceleravam no canal esquerdo. A dupla correu para os defensores, mas não conseguiu fazer uma declaração inicial.

O Brasil teve a posse de bola, mas a Croácia dominou o jogo, mesmo sem nenhum chute a gol antes do intervalo. A equipe de Zlatko Dalic foi perfeita no posicionamento tático e fechou bem os espaços. Modric caiu fundo para orquestrar o jogo. Por sua vez, o Brasil estava nervoso e não sabia o que fazer com a bola. Sem a posse de bola, o Brasil foi frágil na defesa, com a Croácia mirando nos laterais Eder Militão e Danilo. Vinicus Jr deixou muito espaço nas costas e com Danilo diante de um amarelo aos 25 minutos, ficou vulnerável. Casemiro teve que passar para cobrir Danilo, deixando Modric livre para se movimentar.

Muitas vezes Casemiro perdia a posse de bola. Os atacantes eram periféricos: Vinícius mostrava energia desde o início e Neymar tentava criar perigo, mas muitas vezes eles ficavam isolados em um Brasil que jogava muito devagar. Richarlison e Raphinha não estavam envolvidos. Na frente da bola, os atacantes do Brasil não se mexeram o suficiente. O Brasil subestimou a Croácia, vice-campeã de 2018? Talvez então aquelas comparações com os grandes times de 1970, o fim da época de ouro do Brasil, e 1982, o último time que a Seleção realmente jogou o belo jogo, depois que as oitavas de final chegaram cedo demais.

À medida que os jogadores saíam do vestiário para o segundo tempo, isso começou a parecer um verdadeiro teste para o Brasil. Richarlison e Casemiro pareciam tensos, mas Tite ordenou que seus jogadores aumentassem o ritmo. E assim eles fizeram. Egoisticamente, Neymar, porém, não produziu um passe matador para Vinicius Junior. Minutos depois, Neymar deveria ter feito melhor desmarcado na área.

Mas Tite não teve vergonha de misturar as coisas, apresentando Anthony. O Brasil precisava muito de uma investida no flanco direito após uma exibição silenciosa de Raphinha. Na esquerda, Rodrygo substituiu Vinicius Jr. Talvez a segunda substituição tenha sido menos direta, com a explosão de Vinicius Jr sempre valendo a pena. Não foi uma escolha lógica. Tite estava protegendo Neymar.

O Brasil mal derrotou a Croácia em seu próprio meio-campo, mas o onze de Dalic manteve a compostura e a calma. Quando o Brasil encontrou um caminho através da parede de xadrez vermelho e branco, Livaković evitou um gol com seu excelente goleiro. A defesa da Croácia foi soberba.

E assim a partida foi para a prorrogação, o Brasil enfrentava seu pesadelo, jogando contra um time europeu muito técnico, confortável com a bola e que não deixava o Brasil assumir o controle. Além disso, a Croácia era especialista em prolongamentos, sete dos últimos oito jogos a eliminar em grandes torneios exigiram prolongamentos. E então, quando Marquinhos cobrou o pênalti na base da trave esquerda, o Brasil e seus muitos torcedores ficaram em silêncio. A Europa mais uma vez provou ser muito forte.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/samindrakunti/2022/12/09/new-world-cup-quarter-final-trauma-for-brazil-croatia-eliminates-five-time-champion-from- a marca do pênalti/