Não acredite no hype do atacante

Levou apenas 85 segundos para o novo reforço do Arsenal, Gabriel Jesus, marcar seu primeiro gol em um amistoso de pré-temporada contra o FC Nurnberg.

Desde então, à medida que se intensificam os preparativos para o novo PremierPINC
Na campanha do campeonato, o número nove do londrino não parou de marcar, somando-se aos dois gols que conseguiu contra os alemães com mais um gol contra o Everton.

Apesar desses objetivos em jogos não competitivos, a emoção em torno de Jesus já está crescendo.

CBS Futebol Declarado Jesus “parecia um ajuste natural” e o homem que “recebeu as chaves do ataque dos Gunners”.

A lenda do Arsenal, Ian Wright, foi igualmente efusiva sobre o brasileiro descrevendo-o como um “encaixe perfeito” para o clube e alguém que pode disputar a Chuteira de Ouro da Premier League.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Wright pode ser visto comentando sobre a impressionante finalização de Jesus para Gabriel Martinelli, “por isso o compramos”, brinca o jovem em resposta.

O curioso sobre o burburinho em torno de Jesus é que quase exatamente um ano atrás, o próprio homem estava minimizando suas qualidades como atacante central.

O técnico Pep Guardiola revelou que havia solicitado uma mudança de posição e o comparou um pouco desfavoravelmente a Ferran Torres, um jogador contratado como ala.

“Falei com o Gabriel e ele gosta de jogar às vezes mais em posições mais amplas do que o central, e Ferran tem um grande senso de gol, eu diria um pouco mais alto que o Gabriel quando ele joga nas posições centrais”, disse o técnico. .

Foi um sentimento ecoado pelo próprio homem, que destacou que já jogou nessa posição por outros times.

“Na minha cabeça, sempre fui mais ala do que ala. explicado “Acho que com as minhas qualidades, ajudo mais pela ala do que pelo centro. Jogo assim pela seleção desde a Copa América”.

“Não é novidade para mim, nem para muita gente no Brasil. Mas [na Inglaterra] talvez eles não acompanhem tanto [a Seleção Brasileira]”.

Uma olhada nas estatísticas de Gabriel Jesus de seu tempo em Manchester mostra um jogador com um histórico impressionante. Em 159 jogos pelo City, ele marcou 58 gols e registrou 29 assistências, dando-lhe um envolvimento de gol a cada dois jogos, uma contagem com a qual a maioria dos atacantes ficaria satisfeita.

Sua taxa de 160 minutos por gol é ainda mais impressionante e o coloca entre os atacantes com melhor desempenho desde que entrou na liga.

Mas, como muitos torcedores do Manchester City provavelmente apontariam, o problema de Jesus é que ele deveria ter marcado mais.

Com base na métrica de gols esperados [xG], Jesus teve um desempenho inferior em termos de qualidade das chances apresentadas a ele. Marcando 12 gols a menos do que deveria.

Uma olhada na tendência de longo prazo também mostra uma queda na produção brasileira. Jesus marcou mais de 20 gols em duas de suas três primeiras temporadas completas no Manchester City. Coloque os últimos dois anos, ele conseguiu 3 e 14.

Jogar menos jogos é um fator, mas não é como se ele mal aparecesse, aparecendo em mais de 40 partidas em ambas as temporadas.

'Quero dar um tiro na minha cabeça'

O Arsenal aposta na mudança de cenário e na oportunidade de figurar na maioria dos jogos abalando uma das possíveis explicações para a prodigalidade de Jesus na frente do gol.

Em 2019, ele revelou que às vezes era sobrecarregado pela necessidade de pontuar.

“Sempre penso: 'Uau, tenho que marcar' porque estou jogando por um grande clube em grandes competições com grandes jogadores”, disse ele.

“Quando não estou feliz comigo, quero dar um tiro na minha cabeça porque é difícil.

“Eu levo isso [pessoalmente]. Eu penso: 'Oh meu Deus, eu tenho que marcar, eu tenho que marcar, eu tenho que marcar'. Quando eu tenho a chance, às vezes eu perco porque eu penso demais e coloco muita pressão em mim mesmo. Eu tento. Estou ficando melhor. Estou trabalhando para marcar e não penso na pressão.”

No Arsenal, a pressão para converter chances será diferente do Manchester City, ele será o principal atacante, improvável de ser descartado por não entregar, mas igualmente, ter um time com mais confiança nele para converter chances.

Premier League stats show O Manchester City criou a segunda maior chance da liga na temporada passada com 87, enquanto o Arsenal criou a quarta menor na divisão com 39.

Desde que se declarou ala na temporada passada, Jesus mudou de tom e disse que está mirando um desafio pela Chuteira de Ouro este ano.

Mas mais importante que esse alvo ou os gols na pré-temporada foi uma citação da mãe de Jesus sobre o que viu no jogo do filho contra o Orlando City

“Estou vendo você diferente de novo, brincando feliz”, ela teria dito a ele. Os torcedores do Arsenal esperam que continue assim.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/zakgarnerpurkis/2022/07/23/arsenals-gabriel-jesus-dont-believe-the-striker-hype/