Mariana Treviño e Manuel García Rulfo falam sobre co-estrelar com Tom Hanks em 'A Man Called Otto'

No filme Um Homem Chamado Otto, um remake do filme sueco de sucesso de 2015, Um Homem Chamado Ove, não há dúvida de que Tom Hanks é o protagonista, como Otto, um solitário mal-humorado. Mas os atores mexicanos Mariana Treviño (Club de Cuervos, A Casa das Flores) e Manuel García-Rulfo (O advogado de Lincoln, 6 subterrâneo) desempenham um papel fundamental como co-estrelas do filme, pois ajudam a mudar a perspectiva de vida, amizade e família de Otto.

A comédia dramática começa com Otto tentando cometer suicídio para se juntar a sua esposa e a única pessoa com quem ele realmente se conectou em sua vida, que morreu de câncer. Mas a vida e os vizinhos atrapalham, impedindo-o de ter sucesso.

Treviño – que tem um tempo significativo na tela – e García-Rulfo são Marisol e Tommy, um jovem casal com dois filhos pequenos e outro a caminho, que se mudam para o outro lado da rua de Otto. Apesar de seus esforços para mantê-los sob controle, Marisol força seu caminho para a vida de Otto. No final, eles formam um vínculo amoroso – assim como os colegas de elenco e amigos Treviño e García-Rulfo compartilham na vida real.

Os atores já trabalharam em dois filmes mexicanos dirigidos por Manolo Caro, Contos de um casal imoral e Estranhos perfeitos. Este é o primeiro filme deles em Hollywood e nada menos que com Tom Hanks. Ambos falam da emoção de trabalhar juntos novamente.

Como foi juntar-se novamente e colaborar em seu primeiro projeto conjunto em inglês?

Mariana T.

Foi ótimo porque tivemos um ao outro para compartilhar a emoção desse grande projeto, trabalhar com o Tom e a magnitude e dimensão de toda a experiência, pudemos compartilhar. Temos que nos sentir um pequeno lugar em casa. E bem, acho que continuamos a fortalecer nossa amizade. E por algum motivo continuamos nos esbarrando.

Manuel GR

Eu também fiquei muito feliz sabe, e não só pela amizade. Adoro trabalhar nas cenas com a Mariana porque ela te pega desprevenido. Ela improvisa muito, tem que estar por dentro. Não é como uma cena normal em que você ensaia sua cena e depois os outros atores fazem a cena deles. Com Mariana, ela entra e está no momento, que é o sonho de todo ator. Ela tem essa capacidade de estar no momento. Então é tão divertido trabalhar com ela.

Como foi trabalhar com Tom e o resto do elenco?

Manuel GR

Ele é a pessoa mais legal de todos os tempos.

Mariana T.

A reputação que ele tem como o cara mais legal de Hollywood…confirmada completamente. Ele estava tão nos abraçando e tão caloroso. E ele nos trouxe para o projeto com muito amor, ele e Rita [Wilson]. Somos muito gratos por isso porque nos fez sentir em casa, nos fez sentir à vontade para nos conectar, construir e criar juntos. Então, eternamente grato

Manuel GR

Tudo estava lindo. Marc [Forster] também, o diretor. Ele é um diretor incrível. Sim, como sua sensibilidade e Tom e a energia que respiramos no set, foi simplesmente lindo, o que ajudou o filme, eu acho.

Os produtores escolheram uma família mexicana como co-estrela do filme. Você acha que essa decisão poderia encorajar outros produtores e criadores a incorporar mais personagens e histórias latinas de destaque no cinema e na televisão?

Manuel GR

Acho que a escolha das famílias latinas é meio clichê, mas contém alguma verdade. Tem essa coisa das famílias latinas que a gente gosta muito... Eles chegam com o barulho... o caos.

Mariana T.

Estava aqui! Havia tanta estrutura no filme no personagem de Otto. Ele tinha uma mentalidade muito definida com o que estava vivendo e era muito rígido. E essa família chega com essa franqueza expansiva, caótica, mas realmente justa, e rompe essas barreiras.

Você vem e bate e invade o espaço, não de uma forma invasiva… porque você me deixa entrar. E isso é simbólico do que acontece, de uma maneira honesta e desinteressada. Sem ganho. Queremos apenas nos conectar e esquecemos porque vivemos em uma época muito utilitária e todos têm que servir a um propósito e temos que obter algo de todos e todos devem atender às nossas necessidades. E aqui não é bem assim. E é isso que eu amo também na conexão que é apenas humanos sendo solidários uns com os outros.

O filme aborda alguns tópicos difíceis que uma vez mais o tocaram. E o que você acha da mensagem final do filme?

Manuel GR

Para mim, o que me toca muito é que não pensamos como sociedade, muito é o fato da solidão dos mais velhos. Nós meio que sentimos, você sabe, eles já viveram suas vidas, mas há algo sobre a solidão disso, que é muito triste para mim. E não é que Otto é, mas é como se sua vida tivesse acabado. Nada mais para dar. Nada para dar. Nada a receber. E acho que a mensagem é essa. Que mesmo nos lugares mais escuros, um pouco de luz. Ele vai nublar as sombras e todos esses personagens se juntam para trazer isso.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/veronicavillafane/2023/01/12/mariana-trevio-and-manuel-garca-rulfo-talk-about-co-starring-with-tom-hanks-in- um-homem-chamado-otto/