Petróleo cai com instabilidade na China se espalhando pelos mercados mundiais

(Bloomberg) -- Petróleo fechou em baixa com a agitação na China prejudicando o apetite por risco e as perspectivas de demanda, aumentando as tensões em um já frágil mercado global de petróleo.

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O West Texas Intermediate foi negociado perto de US$ 76 o barril após três semanas de quedas. O dólar subiu com a demanda por refúgios, à medida que os protestos contra as duras restrições antivírus se espalhavam pelo maior importador de petróleo do mundo. Grandes multidões se reuniram em Xangai e manifestações foram relatadas em Pequim e Wuhan.

Além da China, os comerciantes também estavam avaliando um movimento dos EUA para conceder à supermajor Chevron Corp. uma licença para retomar a produção de petróleo na Venezuela depois que as sanções interromperam todas as atividades de perfuração há quase três anos. O alívio das sanções ocorre depois que mediadores noruegueses anunciaram o reinício das negociações políticas entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição neste fim de semana.

A recente queda do petróleo é a última reviravolta em um ano tumultuado, com a volatilidade impulsionada pela guerra na Ucrânia, o aperto agressivo do banco central para combater a inflação e as tentativas implacáveis ​​da China de erradicar o Covid-19. Nos últimos dias, diplomatas da União Europeia travaram negociações sobre o teto para os preços do petróleo russo, com negociações marcadas para serem retomadas ainda na segunda-feira.

As principais métricas do mercado estão sinalizando condições mais fracas, com os spreads imediatos do Brent e do WTI - a diferença entre os dois contratos mais próximos - ambos em um padrão de contango de baixa. Para o benchmark global, o spread foi de 3 centavos o barril no contango, em comparação com US$ 2 em um mês anterior.

Desde o início da pandemia, a abordagem da China para lidar com o Covid-19 foi baseada em testes em massa e bloqueios generalizados para suprimir surtos, juntamente com vacinas. Isso prejudicou a demanda por energia e estimulou um ressentimento sobre as restrições à medida que outras nações se reabriram. Apesar da teia de regras, os casos de vírus atingiram um recorde este mês.

Na Europa, os membros da UE ainda não conseguem chegar a um consenso sobre o quão rígido o teto de preço do petróleo russo, liderado pelo Grupo dos Sete, deve ser. Enquanto a Polônia e as nações bálticas se opuseram a uma proposta de limite de US$ 65 o barril, argumentando que seria muito generoso para Moscou, nações marítimas como a Grécia favorecem um nível mais alto. A Rússia disse que proibirá as vendas de petróleo a qualquer participante.

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Fonte: https://finance.yahoo.com/news/oil-drops-china-unrest-sends-230550192.html