Exportações de lítio bruto são proibidas no Zimbábue devido ao aumento da demanda e dos preços

(Bloomberg) -- O Zimbábue proibiu a exportação de lítio bruto não processado com efeito imediato, como parte dos esforços para que a principal matéria-prima das baterias de veículos elétricos seja processada localmente.

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“Nenhum minério contendo lítio, ou qualquer tipo de lítio não beneficiado, deve ser exportado do Zimbábue para outro país” sem permissão por escrito, afirma uma ordem emitida pelo ministro de Minas, Winston Chitando.

As mineradoras que estão construindo usinas de processamento serão excluídas da diretiva, disse o vice-ministro de Minas, Polite Kambamura, por telefone na terça-feira.

O lítio está em alta, subindo mais de 1,100% para um recorde nos últimos dois anos, já que a oferta tem lutado para acompanhar a demanda desenfreada. O Grupo Rio Tinto prevê que metade de todas as vendas de automóveis poderá ser de veículos elétricos até 2030, acima dos 9% do ano passado, e as empresas de mineração têm vasculhado o mundo em busca de oportunidades para trazer novos suprimentos.

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A Chengxin Lithium Group Co. e a Sinomine Resource Group Co. estão estabelecendo uma joint venture para explorar o metal no Zimbábue, enquanto a Zhejiang Huayou Cobalt Ltd. planeja investir US$ 300 milhões para desenvolver sua mina de lítio Arcadia.

“Fizemos isso de boa fé para o crescimento da indústria”, disse Kambamura. “Se continuarmos exportando lítio bruto, não iremos a lugar nenhum. Queremos ver as baterias de lítio sendo desenvolvidas no país.”

Em julho, o país da África Austral anunciou planos de introduzir royalties aos produtores de lítio a partir do próximo mês e proibiu a exportação de granito não polido.

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Fonte: https://finance.yahoo.com/news/raw-lithium-exports-banned-zimbabwe-151918459.html