Redes de esportes regionais, uma vez consideradas as joias da coroa da transmissão, agora mal se equilibram

Em uma surpreendente reviravolta da sorte, abundam os rumores de que o Diamond Sports Group (DSG), uma subsidiária da Sinclair Broadcasting Corp., que administra a Bally Sports Networks (anteriormente Fox Sports Networks, bem como a YES Network e a Marquee Sports Network Chicago Cubs)) está com problemas. Alegadamente, está à beira da falência apenas alguns meses após o lançamento de um serviço de streaming para o Redes Esportivas Regionais (RSNs) chamado Bally Sports Plus (BSP).

Apenas meses atrás A administração divulgou que o serviço de streaming pode gerar US$ 1.3 bilhão a US$ 1.9 bilhão em receita em cinco anos e algo entre US$ 444 milhões e US$ 1.3 bilhão em EBITDA até 2027.

A administração está conversando com a NBA, a MLB e a NHL sobre uma compra de liquidação. De acordo com o plano, os credores assumiriam os RSNs, dariam à Sinclair US$ 3 bilhões em dinheiro e uma participação minoritária na DSG e depois venderiam os RSNs de volta às ligas. Isso será complicado porque muitos dos RSNs carregam vários esportes.

Além disso, a MLB só deu direitos de Sinclair a cinco das 14 equipes e está exigindo pagamento adicional pelos direitos de streaming, algo que a DSG reluta em fazer. A MLB supostamente apresentou um plano de contingência se a DSG arquivar o Capítulo 11, que estaria transmitindo os jogos nos mercados locais e cobrando das empresas de cabo e satélite uma taxa para transmiti-los. Este seria um plano de curto prazo até que a DSG emergisse da falência do Capítulo 11.

Em outra frente, a MLB está considerando lançar seu próprio serviço de streaming no próximo ano. Isso se deve em parte ao fato de que, se a DSG fosse mergulhada no Capítulo 11, o administrador poderia rejeitar alguns dos contratos esportivos e exigir taxas mais baixas. Isso daria à MLB e a outros a chance de se afastar do relacionamento no meio do contrato.

Ponderado sob uma montanha de US$ 8.6 bilhões em dívidas, o BSP deveria ser a Ave Maria para salvar a unidade RSN. No entanto, as perdas iniciais no serviço combinadas com o dinheiro acabando jogaram a Diamond em turbulência financeira.

Sinclair respondeu aos rumores com a seguinte declaração: “Especulação levantada por fontes anônimas é apenas isso, especulação. Contamos com o apoio total das equipes, ligas da NBA e da NHL e esperamos continuar nosso trabalho com eles para transformar o modelo RSN”.

O fato de que a Sinclair pode acabar ficando com US$ 3 bilhões em dinheiro e ainda deter uma participação acionária na DSG, quando a Diamond Subsidiary está tecnicamente insolvente e os credores podem forçá-la à falência, é um testemunho da esperta engenharia financeira da administração. Estruturar a Diamond como sua própria subsidiária e financiá-la principalmente com dinheiro de outras pessoas foi uma jogada brilhante.

A empresa é claramente vítima de corte de cabos (quando as pessoas cancelam seu pacote de vídeo existente via cabo, satélite ou telco) e corte de cabos (quando as pessoas fazem downgrade para um pacote multicanal mais barato). Os custos fixos dos direitos esportivos estão aumentando, enquanto a receita variável pode diminuir à medida que os consumidores continuam cortando o cordão.

Quando a Sinclair Broadcasting comprou as redes Fox Sports, elas eram consideradas as joias da coroa da indústria de redes a cabo, a empresa projetou que geraria um EBITDA estimado em US$ 1.6 bilhão (Lucro Antes de Depreciação, Taxas de Juros e Amortização) em 2019, quando a Sinclair ofereceu US$ 8.5 bilhões para os canais.

O fato é que a administração disse recentemente que espera que o EBITDA seja de apenas US$ 183 a US$ 200 milhões em 2022, ilustrando o quão difícil e rápido suas fortunas evaporaram. Isso não é nem fluxo de caixa suficiente para pagar juros sobre a carga da dívida, muito menos o principal.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/derekbaine/2022/09/24/regional-sports-networks-once-considered-the-crown-jewels-of-broadcast-now-barely-breaking-even/