Riyadh apresenta planos de frota para nova companhia aérea para rivalizar com Emirates e Qatar

A Arábia Saudita apresentou seus planos iniciais de frota para a mais nova companhia aérea do país, a Riyadh Air, que promete torná-la uma das maiores companhias aéreas do Oriente Médio.

Em 14 de março, as autoridades sauditas anunciaram um acordo entre a Boeing e a Riyadh Air, que incluía pedidos confirmados de 39 aviões 787-9 Dreamliner da fabricante americana, além de opções para mais 33 aeronaves. As primeiras entregas estão previstas para o início de 2025.

Faz parte do quinto maior pedido comercial em valor na história da empresa norte-americana – com a atual companhia aérea saudita Saudi Arabian Airlines (Saudia) anunciando um pedido de 39 Dreamliners ao mesmo tempo, com opções para mais dez aviões.

Isso eleva o pedido potencial total para 121 aeronaves. No entanto, embora substancial, isso ainda está um pouco atrás do maior pedido até o momento, quando a Emirates de Dubai encomendou 155 Dreamliners, avaliados em US$ 76 bilhões.

Ambições internacionais

A Riyadh Air foi lançada há apenas dois dias pelo Fundo de Investimento Público (PIF) do governo saudita, um veículo favorito do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman. A mudança havia sido antecipada por alguns meses, com especulações anteriores sugerindo que a nova operadora se chamaria RIA.

A nova companhia aérea é uma parte central dos ambiciosos planos do príncipe de enfrentar seus rivais do Golfo e estabelecer um centro de aviação internacional. O governo diz que quer atrair 100 milhões de visitantes ao reino até 2030, com mais 230 milhões de passageiros conectando-se por meio de seus aeroportos a outros destinos. A Riyadh Air diz que, daqui a sete anos, deve estar voando para 100 destinos em todo o mundo.

Esse modelo de fornecer conexões intercontinentais – e persuadir uma minoria de passageiros a deixar o aeroporto e tirar férias – funcionou bem para outros países vizinhos do Golfo, como os Emirados Árabes Unidos e o Catar, que construíram setores de aviação consideráveis, investindo pesadamente em novos aeroportos e aeronaves.

Pesos pesados ​​da aviação

A maior companhia aérea da região é a Emirates de Dubai que, em março de 2022, contava com 252 aeronaves de passageiros em sua frota, composta por 118 aviões Airbus A380 e 134 aeronaves Boeing 777. Do total, possui 133 aviões e arrenda o restante.

A Qatar Airways não está muito atrás em termos de escala, com uma frota de 216 aeronaves de passageiros, de acordo com seu relatório anual mais recente. Isso abrange uma mistura de aviões Airbus A380, A350 e A320, bem como jatos Boeing 787 e 777.

A Etihad Airways – com sede na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi – já atuou como principal rival da Emirates e do Catar, mas nos últimos anos reduziu suas ambições. Em junho do ano passado, operava com uma frota de 66 aeronaves de passageiros, incluindo 39 jatos Boeing 787, além de sete Boeing 777, 15 Airbus A320 e cinco Airbus A350.

A outra grande transportadora regional é a Saudia que, antes do anúncio de hoje com a Boeing, tinha uma frota de 144 aeronaves, incluindo 93 Airbus e 51 jatos Boeing.

Todas essas companhias aéreas também enfrentam forte concorrência pelo tráfego internacional da Turkish Airlines que, no final de 2021, tinha uma frota de passageiros de 350 aviões.

A Riyadh Air está sendo liderada por Tony Douglas, ex-presidente-executivo da Etihad. É presidido pelo governador do PIF, Yasir Al-Rumayyan.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/dominicdudley/2023/03/14/riyadh-sets-out-fleet-plans-for-new-airline-to-rival-emirates-and-qatar/