Comissão de Valores Mobiliários CVM define regras para classificar ativos de criptomoedas como títulos – Coinotizia

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esclareceu os critérios pelos quais diferentes ativos de criptomoedas podem ser considerados títulos. Por meio da emissão de um documento de parecer de orientação, a CVM define diferentes classificações para ativos de criptomoedas existentes, especifica quais podem ser vistos como títulos e explica como irá intervir nesses mercados.

Comissão de Valores Mobiliários CVM aborda classificação de títulos de criptomoedas

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu um novo opinião de orientação documento que aborda a questão de títulos baseados em criptomoedas. O documento, que reconhece que ainda há um vácuo sobre o assunto devido à ausência de regulamentação específica, define criptomoedas como ativos representados digitalmente, protegidos por tecnologia de criptografia, que podem ser transacionados e armazenados por meio de Distributed Ledger Technologies (DLT).

De acordo com o novo critério, os tokens que podem ser considerados valores mobiliários devem ser representações digitais das seguintes estruturas: ações, debêntures, bônus de subscrição; cupons de direito, recibos de subscrição e certificados divididos relativos aos valores mobiliários; certificados de depósito de valores mobiliários; e notas de debêntures.

Da mesma forma, outros tipos de tokens também podem ser considerados títulos, dependendo de sua classificação. A CVM esclareceu ainda que a tokenização de ativos não estará sujeita à aprovação prévia ou registro junto à organização, mas se os ativos resultantes forem considerados valores mobiliários, terão que cumprir as normas de segurança já existentes.

Um sistema de classificação para ativos de criptomoeda

O documento também divide os ativos de criptomoedas em três classes diferentes. O primeiro é chamado de tokens de pagamento, composto por ativos que buscam replicar as funções da moeda fiduciária, incluindo unidade de conta, meio de troca e reserva de valor.

A segunda classe é denominada de utility tokens e é composta por todos os tokens utilizados para adquirir ou obter acesso a determinados produtos ou serviços. A terceira classe é denominada “tokens lastreados em ativos”, incluindo todos os tokens que são representações digitais de ativos tangíveis ou digitais. Essa classe inclui stablecoins, tokens de segurança e tokens não fungíveis (NFTs).

A CVM esclarece que elementos desta última classe podem ser considerados valores mobiliários dependendo das especificidades de cada token da classe. O documento afirma que a CVM continuará fiscalizando os mercados de criptomoedas e agirá de acordo com essas novas definições. No entanto, nenhum desses critérios é definitivo e pode mudar no futuro quando a regulamentação sobre o assunto for aprovada.

No mês passado, a CVM intimação Mercado Bitcoin, uma exchange local de criptomoedas, em suas ofertas de investimento em token de renda fixa.

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Sérgio Goschenko

Sergio é um jornalista criptomoeda que mora na Venezuela. Ele se descreve como atrasado no jogo, entrando na criptosfera quando o aumento de preços aconteceu em dezembro de 2017. Tendo uma formação em engenharia da computação, morando na Venezuela e sendo impactado pelo boom da criptomoeda em nível social, ele oferece um ponto de vista diferente sobre o sucesso da criptografia e como ela ajuda os que não têm acesso a bancos e os que não têm acesso a serviços.

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Fonte: Bitcoin

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