Banco Central Sueco pilota pagamentos instantâneos com CBDC de varejo

O banco central da Suécia fez parceria com o Bank for International Settlements (BIS) em um projeto que visa testar pagamentos instantâneos para sua moeda digital do banco central (CBDC). O projeto também envolve facilitação transfronteiriça, em parceria com outros dois países, Israel e Noruega.

Apelidado de “Projeto Quebra-gelo”, esta fase de teste piloto operará até este ano, com um relatório finalizado definido para o primeiro trimestre de 1. De acordo com Beju Shah, chefe do BIS Innovation Hub Nordic Center, o projeto “aprofundará” e experimentará a tecnologia, arquitetura e design de CBDCs, em relação aos dilemas corolários que estes apresentam em termos de política existente.

Este programa é notável e marca uma virada na esfera de adoção da indústria de criptomoedas e blockchain, uma vez que o Sveriges Riksbank é o banco central mais antigo do mundo, tendo sido estabelecido em 1668. O banco acredita que as descobertas do projeto podem ajudar a informar outros bancos centrais como eles lidam com suas próprias estratégias de CBDC. O banco estuda e pesquisa ativamente a tecnologia blockchain desde pelo menos 2016, quando anunciou pela primeira vez suas perspectivas de um CBDC “e-krona”.

“Esses aprendizados serão inestimáveis ​​para os bancos centrais que pensam em implementar CBDCs para pagamentos internacionais”, observa Shah.

Este projeto é o quarto trabalho colaborativo do BIS, tendo feito um envolvimento anterior com Hong Kong, China, Tailândia e Emirados Árabes Unidos para outro projeto transfronteiriço de CBDC chamado mBridge. O teste piloto do mBridge representou aproximadamente US$ 22 milhões em transações processadas. Até o momento, o BIS é acompanhado por 61 bancos centrais associados de todo o mundo.

Antes do advento das tecnologias CBDC baseadas em blockchain, os pagamentos transfronteiriços tornaram-se uma preocupação significativa para bancos e moedas soberanas devido a custos elevados, finalidade de transação de baixa velocidade e acesso limitado a seus livros, tornando a transparência difícil e insuficiente. Essas barreiras aos pagamentos transfronteiriços são neutralizadas e resolvidas pela tecnologia CBDC, que é uma das razões pelas quais o Fundo Monetário Internacional sugeriu que as CBDCs ajudariam a aliviar os custos de acordos de pagamentos internacionais.

De acordo com dados do Atlantic Council, um think tank com sede nos EUA que estuda assuntos internacionais, existem 105 países que já exploram o uso de CBDCs, os quais respondem por 95% do PIB global. O Atlantic Council também acredita que a interoperabilidade entre CBDCs nacionais representa a próxima fronteira para a adoção global de pagamentos transfronteiriços contínuos.

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Fonte: https://cryptodaily.co.uk/2022/09/swedish-central-bank-pilots-instant-payments-with-retail-cbdc