Uruguai propõe colocar ativos digitais sob controle do Banco Central

Um projeto de lei que concede ao Banco Central do Uruguai (BCU) autoridade para controlar ativos virtuais foi submetido ao parlamento do país.

Além de alterar os poderes legais do BCU, a Superintendência de Serviços Financeiros (SSF) é colocada para supervisionar uma nova categoria de provedores de serviços de ativos virtuais, por relatórios.

Entre outras coisas, o projeto de lei propõe mudanças no regimento do BCU. Além disso, os emissores de ativos virtuais também foram definidos como “as entidades que prestam regular e profissionalmente um ou mais serviços de ativos virtuais a terceiros” e foram colocados sob a supervisão da SSF.

“Com as alterações propostas, tanto os assuntos anteriormente regulamentados quanto as novas entidades incorporadas que operam com ativos virtuais estarão sujeitas aos poderes de supervisão e controle do Banco Central do Uruguai”, observa o projeto de lei.

Com a introdução do projeto de lei, as entidades nacionais e internacionais que atuam no Uruguai passarão a se enquadrar nas normas antilavagem de dinheiro do país e nas regras estabelecidas para o combate ao financiamento do terrorismo.

Artigos para determinar o valor e a propriedade de ativos virtuais juntamente com a proposta de categorização de ativos criptográficos como “títulos escriturais” trazem novos regulamentos para o setor.

Reguladores do Uruguai avançam para apertar regras

Nas últimas semanas, o BCU chamou a atenção da Binance por divulgar publicidade para “comprar criptomoedas sob um investimento com recursos de economia”.

No afirmação, a Superintendência de Serviços Financeiros afirmou que “a chamada ao público para aplicação de sua poupança, somente poderá ser feita na forma autorizada para cobrança através de instituições de intermediação financeira autorizadas a captar depósitos no mercado, ou como emissor registrado no registro do mercado de ações”.

Enquanto isso, A América do Sul está vendo aumento do interesse em criptomoedas apesar do mercado inconstante. Recentemente, o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, lançou uma plataforma de negociação de criptomoedas chamada Mynt.

O BTG Pactual juntou-se ao concorrente XP e Nubank para entrar no setor de criptomoedas. Antes disso, o Santander Brasil anunciou o lançamento de um serviço de negociação de criptomoedas para clientes institucionais e de varejo. De fato, a Meta também solicitou registro de marca no Brasil para serviços relacionados a criptomoedas.

Enquanto isso, de acordo com relatórios, a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil também está trabalhando para reformar o sistema legislativo do país para regular melhor as criptomoedas.

Qual será a eficácia dos novos regulamentos?

O FMI notado em sua recente postagem no blog, quanto mais tempo levar para as regras de criptografia entrarem em vigor, “mais as autoridades nacionais ficarão presas a diferentes estruturas regulatórias”.

O CEO da Equity Group Holdings Plc do Quênia, James Mwangi, sugeriu no passado que a criptomoeda poderia se tornar parte do ecossistema de dinheiro móvel.

Sasha Ivanov, fundador e CEO da blockchain de contrato inteligente Waves disse em um entrevista com Seja[Em]Criptao que a indústria de criptomoedas precisa de regulamentação para lidar com questões de manipulação de mercado e para proteger os usuários contra maus atores.

No entanto, possivelmente devido à natureza descentralizada da tecnologia e casos de uso variados dentro do ecossistema, os reguladores estão demorando mais do que o normal para chegar a um acordo com a classe de ativos.

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Fonte: https://beincrypto.com/uruguay-proposes-to-bring-digital-assets-under-central-bank-control/