O que é hacking ético e como funciona?

O hacking ético, também conhecido como hacking “white hat”, é o processo de identificação e exploração de vulnerabilidades em um sistema ou rede de computadores para avaliar sua segurança e fornecer recomendações para melhorá-la. O hacking ético é feito com a permissão e conhecimento da organização ou indivíduo que possui o sistema que está sendo testado.

O hacking ético visa encontrar falhas em um sistema antes que hackers malévolos possam se aproveitar delas. As mesmas ferramentas e métodos usados ​​por hackers malévolos também são usados ​​por hackers éticos, mas seu objetivo é aumentar a segurança em vez de causar danos.

Veja como o hacking ético normalmente funciona.

Planejamento e reconhecimento

O sistema ou rede de destino é investigado pelo hacker ético para adquirir dados que possam ser utilizados para encontrar pontos fracos. Isso pode consistir em informações como endereços IP, nomes de domínio, topologia de rede e outros fatos pertinentes.

Exploração

Para encontrar portas abertas, serviços e outros detalhes sobre o sistema de destino que possam ser utilizados para lançar um ataque, o hacker ético usa ferramentas de varredura.

Enumeração

Para adquirir acesso não autorizado, o hacker ético busca no sistema de destino informações mais específicas, como contas de usuários, compartilhamentos de rede e outras especificidades.

Análise de vulnerabilidade

Para encontrar pontos fracos no sistema de destino, como software desatualizado, configurações incorretas ou senhas fracas, o hacker ético usa ferramentas automatizadas e procedimentos humanos.

Exploração

O hacker ético procura tirar proveito das vulnerabilidades uma vez encontradas para obter acesso não autorizado ao sistema ou rede de destino.

Relatórios

Por fim, o hacker ético registra as falhas encontradas e oferece sugestões para aumentar a segurança. A empresa ou indivíduo usará esse relatório para resolver as falhas de segurança do sistema ou da rede e aumentar a segurança geral.

Para empresas e indivíduos que desejam garantir a segurança de suas redes e sistemas de computadores, o hacking ético pode ser uma ferramenta útil. Os hackers éticos podem ajudar na prevenção de violações de dados e outros problemas de segurança, encontrando vulnerabilidades antes que possam ser exploradas por hackers criminosos.

Blockchains podem ser hackeados?

Embora a tecnologia por trás do blockchain seja projetada para ser segura, ainda existem várias maneiras pelas quais os invasores podem explorar vulnerabilidades no sistema e comprometer a integridade do blockchain. Aqui estão algumas maneiras pelas quais blockchains podem ser hackeados:

  • Ataque de 51%: Um ataque de 51% é aquele em que o invasor tem controle total sobre os recursos de computador da rede blockchain. Como resultado, o invasor pode reverter transações e modificar o blockchain, gastando dinheiro duas vezes.
  • Explorações de contrato inteligente: se um contrato inteligente tiver uma vulnerabilidade, um invasor poderá explorar essa vulnerabilidade para roubar criptomoeda ou manipular o blockchain.
  • Malware: Na rede blockchain, o malware pode ser implantado para comprometer a segurança de usuários específicos. As chaves privadas necessárias para acessar a carteira de criptomoedas de um usuário, por exemplo, podem ser obtidas por um invasor usando malware.
  • Ataque distribuído de negação de serviço (DDoS): DDoS é um tipo de ataque cibernético em que vários sistemas comprometidos são usados ​​para inundar um site ou rede de destino com tráfego, tornando-o inacessível aos usuários. A ataque DDoS pode ser usado para inundar a rede blockchain com tráfego, efetivamente parando-a completamente.

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Portanto, é importante permanecer vigilante e tomar medidas para garantir a segurança de seus aplicativos e plataformas baseados em blockchain.

O papel do hacking ético na segurança do blockchain

O hacking ético baseado em blockchain é um novo campo que se concentra em encontrar pontos fracos e ataques potenciais em sistemas baseados em blockchain. Devido à sua segurança e descentralização, a tecnologia blockchain cresceu em popularidade, mas não é imune a riscos de segurança. A segurança dos sistemas blockchain pode ser testada por hackers éticos usando uma variedade de técnicas para encontrar possíveis pontos fracos.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais o hacking ético pode ser usado no blockchain:

  • Auditoria de contratos inteligentes: Contratos inteligentes são contratos de execução automática nos quais as condições do negócio entre o comprador e o vendedor são escritas diretamente em linhas de código. Contratos inteligentes podem ser auditados por hackers éticos para encontrar quaisquer defeitos ou pontos fracos que possam ser explorados.
  • Teste de penetração de rede: para encontrar possíveis brechas na rede blockchain, hackers éticos podem realizar testes de penetração de rede. Eles podem usar ferramentas como Nessus e OpenVAS para encontrar nós que tenham vulnerabilidades conhecidas, escanear a rede em busca de ataques típicos e identificar possíveis pontos fracos.
  • Análise do mecanismo de consenso: O mecanismo de consenso é um aspecto fundamental da tecnologia blockchain. O mecanismo de consenso pode ser examinado por hackers éticos para encontrar quaisquer pontos fracos no algoritmo que possam ser explorados.
  • Testes de privacidade e segurança: os sistemas Blockchain devem ser privados e seguros, mas não são totalmente imunes a ataques. A privacidade e a segurança do sistema blockchain podem ser testadas por hackers éticos para encontrar possíveis pontos fracos.
  • Análise de criptografia: a tecnologia Blockchain é fortemente dependente da criptografia. Os protocolos criptográficos do sistema blockchain podem ser examinados por hackers éticos para encontrar falhas na implementação de algoritmos.

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No geral, o hacking ético pode ser uma ferramenta valiosa na identificação e abordagem de ameaças de segurança em sistemas blockchain. Ao identificar vulnerabilidades e fornecer recomendações para melhorar a segurança, os hackers éticos podem ajudar a garantir a segurança e a integridade de aplicativos e plataformas baseados em blockchain.