CFPB invoca regra antiga para expandir autoridade sobre fintechs e criptos

O Consumer Financial Protection Bureau está preparando o terreno para mais envolvimento na indústria de criptomoedas.

Em 25 de abril, o CFPB anunciou que estava invocando uma disposição amplamente não utilizada da Lei Dodd-Frank que deu origem ao departamento após a crise financeira de 2007-2008.

A regra dá ao CFPB autoridade bastante ampla para supervisionar “não bancos” envolvidos em serviços financeiros voltados para o consumidor com base no risco potencial. Os limites desta definição são quaisquer entidades não bancárias “cujas atividades a CFPB tenha motivos razoáveis ​​para determinar que representam riscos para os consumidores. Essa autoridade não é específica para nenhum produto ou serviço financeiro ao consumidor em particular.”

Em seu anúncio, o CFPB especificou seu interesse em tecnologias emergentes, escrevendo: “Os não-bancários não têm carta de banco, poupança ou cooperativa de crédito; muitas hoje operam nacionalmente e se autodenominam 'fintechs'”. 

Em sua norma processual, a CFPB destacou que já possui as autoridades que está invocando, o que significa que não precisa aguardar os prazos usuais que a Lei de Procedimentos Administrativos exige: 

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“A regra final não é necessária para estabelecer a autoridade supervisora ​​do Bureau sob 12 USC 5514(a)(1)(C). Em vez disso, a regra final apenas fornece transparência e garante consistência em relação aos procedimentos que o Bureau pretende usar em conexão com sua autoridade supervisora ​​preexistente sob 12 USC”

Com isso, a regra entrará em vigor em apenas 30 dias. Ao ser contatado pelo The Block, o CFPB não especificou se já havia começado a fazer inquéritos de fiscalização às empresas com base nessa regra. 

Embora o lançamento não nomeie especificamente a criptomoeda, o interesse do CFPB na indústria tem aumentado independentemente, assim como o interesse em seu envolvimento na criptomoeda. Em outubro, a senadora Elizabeth Warren disse à Bloomberg que o CFPB deveria reprimir as criptomoedas, com base na autoridade estatutária existente.

Em janeiro, a agência contratou Alexis Goldstein, do antimonopólio Open Markets Institute, para liderar sua resposta aos ativos digitais. Goldstein passou grande parte de 2021 aparecendo em audiências no Congresso sobre criptomoedas, nas quais ela criticava consistentemente o setor. Ela frequentemente comparou a criptomoeda hoje com Wall Street na liderança até 2007. 

O diretor do CFPB, Rohit Chopra, também compareceu hoje ao Comitê Bancário do Senado. 

De acordo com dados do CFPB, a agência recebeu mais de 12,000 reclamações relacionadas a criptomoedas no ano passado. No início deste ano, o CFPB começou a fazer investigações sobre as operações da Venmo. 

Fonte: https://www.theblockcrypto.com/linked/143600/cfpb-invokes-old-rule-to-expand-authority-over-fintech-and-crypto-firms?utm_source=rss&utm_medium=rss