Nova era do crime criptográfico; como os criminosos evoluíram - um relatório detalhado

Um novo estudo publicado pela plataforma de análise de criptografia e conformidade Elliptic analisou de perto a exploração de plataformas web3 para facilitar a lavagem de dinheiro. 

A estudo, intitulado “The state of cross-chain crime” falou sobre a nova era do crime criptográfico e como os criminosos evoluíram com o desenvolvimento da tecnologia. 

US$ 4 bilhões lavados

A pesquisa da Elliptic girou em torno de três produtos web3, ou seja, exchanges descentralizadas (DEXs), pontes de cadeia cruzada e serviços de troca de moedas. 

Com pontes e serviços de troca à sua disposição, os criminosos cibernéticos conseguiram ocultar uma trilha de dinheiro de US$ 4 bilhões originada de atividades ilícitas.

“Alguns dos perpetradores mais prolíficos incluem hackers, mercados da dark web, plataformas de jogos online, serviços ilícitos de ativos virtuais, esquemas ponzi e ransomware.” o relatório continua a ser lido.

Trocas descentralizadas

As criptomoedas roubadas de explorações DeFi no valor de US $ 1.2 bilhão chegaram às DEXs para serem trocadas por um ativo diferente. Isso representa mais de um terço das explorações de criptografia pesquisadas para o relatório. 

Uniswap, Curve Finance e agregador DEX de 1 polegada estão entre as DEXs que foram identificadas como as plataformas preferidas para troca por criminosos. 

Troca de moedas e pontes

Além disso, os criminosos cibernéticos conseguiram lavar outros US$ 1.2 bilhão usando serviços de troca de moedas. Isso envolve a troca de ativos dentro e entre blockchains, sem precisar se registrar para uma conta. Esses serviços são particularmente populares entre os maus atores.

As pontes de cadeia cruzada também são utilizadas por criminosos para confundir suas atividades ilegais, adicionando uma camada de anonimato, dificultando o rastreamento de transações. 

A RenBridge é uma dessas plataformas que processou até US$ 540 milhões em ativos ilícitos para criminosos 

Motivo de preocupação

Esse uso indevido da tecnologia não se limita apenas a hackers individuais em busca de um dia de pagamento de sorte. Os serviços de ponte e troca tornaram mais fácil para entidades sancionadas e terroristas mascarar suas atividades e continuar atacando os fundos das pessoas. 

Os rendimentos de ataques cibernéticos originários da Coreia do Norte foram lavados por meio desses serviços. O valor estimado é algo em torno de US$ 1.8 bilhão. 

Em seu Relatório de Ativos Virtuais publicado no início deste ano, em junho, a Força-Tarefa de Ação Financeira tomou conhecimento do crescente uso de pontes cruzadas na lavagem de dinheiro, chamando-o de assunto de alto risco. 

O relatório também instou as agências membros a introduzir a “regra de viagem” para a regulamentação de criptomoedas. A regra exige que os provedores de serviços de ativos virtuais compartilhem informações descritivas sobre transações que excedam US$ 1000. 

Fonte: https://ambcrypto.com/new-age-of-crypto-crime-how-criminals-have-evolved-a-detailed-report/