5 mitos sobre empatia para evitar

A empatia é uma tendência, com literalmente milhões de pessoas lendo sobre isso, falando sobre isso, postando sobre isso e – o mais importante – buscando demonstrar mais empatia.

A empatia é mais importante do que foi no passado? Possivelmente. Ou é possível que as pessoas estejam mais em sintonia com o que os outros estão passando. Uma das maneiras mais poderosas pelas quais as pessoas se unem é passando por momentos difíceis juntos. E a dor e os desafios dos últimos dois anos foram compartilhados de muitas maneiras. Muitas pessoas relataram que sua capacidade de empatia aumentou com base em suas próprias experiências e no reconhecimento da dor dos outros. E, sem dúvida, a empatia se tornou algo sobre o qual as pessoas se sentem mais à vontade para falar – com base no relato de problemas de saúde física e mental ou no aumento do foco no bem-estar das pessoas e organizações.

Seja qual for o motivo, a empatia está aumentando, e isso é bom para os sistemas sociais e o bem-estar coletivo. Mas com sua ascensão, surgem nomes errôneos sobre empatia. Aqui está o que é empatia não– os mitos da empatia a serem evitados para que você não atrapalhe seus melhores esforços para ser mais empático.

#1 – A empatia não é fofa

A empatia não é algo agradável de se ter, mas sim uma contribuição significativa para todos os tipos de resultados positivos para pessoas, negócios e organizações. A pesquisa demonstrou que a empatia impulsiona a saúde mental, a inovação, o engajamento, a retenção, a inclusão, a realização profissional e a cooperação. Embora as pessoas possam ter considerado a empatia como algo frágil ou não crítico para os negócios, dados concretos mostram que é uma prática com resultados baseados em evidências.

#2 – Empatia não é falta de responsabilidade

Embora estejam comprometidos com a empatia, alguns gerentes temem que uma maior empatia resultará em uma falta de responsabilidade para equipes e organizações. Eles se perguntam: se os líderes são gentis ou compreensivos com os funcionários, se isso irá longe demais – e resultará em falta de desempenho, impedindo os resultados da empresa. Mas empatia e responsabilidade não são opostos. Na verdade, eles geralmente ocorrem juntos. Quando os líderes demonstram empatia, os funcionários tendem a ser mais engajados, o que está relacionado à contribuição de esforço discricionário e maior desempenho.

Além disso, as pessoas querem ser responsabilizadas. Quando os líderes definem expectativas claras e contam com os funcionários para fazer um ótimo trabalho, isso envia a mensagem de que um funcionário é valorizado. As pessoas têm um instinto de importância – e desejam contribuir com seus talentos e habilidades. Ser responsabilizado não é negativo, é uma maneira positiva de líderes e equipes comunicarem que apreciam tudo o que um funcionário oferece ao grupo e à organização. Grandes líderes entendem o que os colaboradores fazem excepcionalmente bem e criam as condições para que eles possam trazer o seu melhor, para que possam contribuir para os resultados organizacionais. Empatia e responsabilidade andam de mãos dadas.

#3 – Empatia não é apenas para líderes

Embora a empatia seja uma habilidade crítica para os líderes, não é a única habilidade que os líderes exigem. Além disso, não é uma habilidade apenas para líderes. Na verdade, a empatia é mais poderosa quando está difundida dentro de uma organização – demonstrada por pessoas em todos os níveis, em todos os departamentos e em todas as equipes.

Quando as pessoas sentem que os outros as entendem e respeitam e se preocupam com suas situações particulares, isso contribui para culturas de empatia. Procure criar culturas nas quais os diversos pontos de vista sejam valorizados e as pessoas se valorizem, onde as pessoas possam errar, aprender juntas e ter sucesso juntas. Essas serão as organizações onde as pessoas querem estar – e das quais elas não vão querer sair.

#4 – Empatia não é fazer suposições

Uma armadilha da empatia é fazer suposições ou estender vieses. Embora seja fundamental imaginar o que as pessoas estão pensando (empatia cognitiva) ou sentindo (empatia emocional), o padrão-ouro em relacionamentos construtivos é fazer perguntas e realmente ouvir o que as pessoas estão passando.

Evite cometer o erro de generalizar demais (você sabe o que sua irmã que é mãe solteira está passando, então você assume que sabe o que todas as mães solteiras estão enfrentando). Evite também o erro de fazer suposições com base em sua própria experiência (você passou por algo e acredita que todos os outros que passam por isso estão tendo os mesmos problemas que você).

Embora aplicar o conhecimento prévio e se colocar no lugar dos outros sejam ótimos pontos de partida para a empatia, será melhor parar de fazer suposições ou generalizar demais. Faça perguntas para realmente entender aqueles ao seu redor.

#5 – A empatia não é passiva

A verdadeira empatia não é passiva, porque quando você entende os desafios de alguém, você será compelido a agir de algum tipo. Algumas teorias sugerem que a compaixão é a forma ativa de empatia, e talvez essa distinção seja útil, mas não é crítica. Use os termos que mais significam para você, mas também saiba que fundamentalmente, quando você tiver empatia, você desejará alcançar as pessoas, oferecer ajuda ou agir em sua comunidade para influenciar as condições que apoiam o bem-estar das pessoas.

Algumas pessoas temem que devem ter diplomas avançados em serviço social para fazer as perguntas certas ou fornecer as informações certas, mas esse não é o caso. Deixar as pessoas saberem que você se importa, estar presente e conectá-las a recursos especializados podem ser formas impactantes de empatia e apoio que não exigem educação expansiva ou profundo conhecimento – são apenas formas importantes de expressar humanidade e carinho. Você pode cometer erros ou abordar alguém de uma maneira menos que perfeita, mas demonstrar que se importa é um ótimo primeiro passo.

Em suma

No final, a empatia é a coisa certa a fazer pelas pessoas ao seu redor. Mas, ironicamente, a empatia também é boa para você. Quando você sente que é importante para outra pessoa, quando se sente conectado com os outros e quando contribui para aqueles em sua comunidade, isso também contribui para sua própria felicidade.

Portanto, seja empático porque é bom para as pessoas ou porque é bom para os negócios. Mas também aceite o impulso que você receberá, pois será lembrado de como você é uma parte importante de uma comunidade conectada. Quando você demonstra empatia pelos outros, você será capaz de apreciar quando alguém lhe oferece o mesmo.

Fonte: https://www.forbes.com/sites/tracybrower/2022/02/06/what-empathy-is-not-5-myths-about-empathy-to-avoid/